História das armas aeronáuticas

Espaço para conversas agradáveis entre amigos, sobre nosso modelos ou sobre a competição de automodelos que está rolando, até para aquela piada aviatória ou as fotos do seu avião full escala favorito. O papo deve estar relacionado a modelismo ou aviação.
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oswaldo pires
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História das armas aeronáuticas

Mensagem por oswaldo pires »

Achei esse site muito interessante http://www.spmodelismo.com.br/howto/am/armas1.php
duro porém voando
Av8r
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Mensagem por Av8r »

Nada confortável a posição do "gunner" do FE.2b

http://thevintageaviator.co.nz/files/images/fe-2b/screensize/fe2b-8709-airmen.screensize.jpg

http://thevintageaviator.co.nz/files/images/fe-2b/preview/fe2b-9912-side-view.preview.jpg
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oswaldo pires
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Mensagem por oswaldo pires »

Com certeza Av8r aqui um site quase igual ao primeiro contudo, acho que tem algo a mais http://comando-delta.blogspot.com.br/2012/07/a-historia-das-armas-aeronauticas-parte.html
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oswaldo pires
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Mensagem por oswaldo pires »

Aqui uma réplica 75% do Fokker EIII que foi um dos primeiros a utilizar o mecanismo sincronizador da metralhadora contra as calhas de metal na hélice, ou aviões pusher [yt]pSMFKF_Qt3M[/yt]
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oswaldo pires
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Mensagem por oswaldo pires »

alguns trechos

Um Morane Saulnier Tipo N de Eugène Gilbert, armado com uma metralhadora Hotchkiss e com os defletores nas pás das hélices.

Morane Saulnier N inglês com defletores nas pás da hélice, as únicas peças do invento de Saulnier aproveitadas por Garros.
Apesar de tão primitivo, Garros abateu sua primeira vítima em 1o de abril de 1915 e mais 3 até 18 de abril, quando um defeito no motor o obrigou a pousar em território alemão. É muito provável que outros franceses houvessem aproveitado seu invento antes dessa data, porque os alemães estavam certos de que os franceses tinham armado seus aviões escoteiros, de maneira que pudessem atirar para frente através da hélice e estavam inclinados a acreditar que todos os monoplanos aliados estivessem dotados de tal aparelho. Os ingleses experimentaram o desenho até o ponto de adaptá-lo em alguns monoplanos, embora não existam dados de que ele tenha alguma vez sido usado em combate.
Fokker desenvolve seu sincronizador
O avião avariado de Garros foi imediatamente enviado para Berlim, onde o Estado Maior Alemão convidou um ainda desconhecido mas muito engenhoso jovem construtor chamado Anthony Fokker para fazer uma cópia do mecanismo. A escolha foi singular e parece ter sido baseada no fato de que o monoplano Fokker, então em uso na frente de combate, lembrasse superficialmente o Morane de Garros.
Fokker recebeu uma metralhadora Parabellum e a ordem de voltar quando tivesse um mecanismo operacional. A Parabellum era uma nova metralhadora da infantaria, leve e refrigerada a ar; que se tornou disponível em janeiro de 1915 e era o primeiro modelo alemão finalmente adequado para o uso em aviões. A falta de uma arma comparável à Lewis, Vickers, ou até a Hotchkiss durante 1915 foi responsável pela escassez de aparelhos alemães armados e pelas poucas vitórias que obtiveram.
Fokker, um inventor imaginoso, reconheceu que os defletores eram muito primitivos para perder tempo com eles e os abandonou imediatamente. Nada conhecendo sobre o funcionamento de uma metralhadora, desmontou completamente a Parabellum e a estudou até saber exatamente como funcionava. Então desenhou uma articulação acionada pela hélice para disparar a arma. Um excêntrico no eixo da hélice movia uma alavanca com ação de joelho que operava uma barra que percutia o gatilho. Para controlá-lo, a barra tinha uma seção articulada que o piloto dobrava para deixar de acionar o gatilho e parar de atirar. Assim podia por em funcionamento a arma ou não.
O mecanismo era um verdadeiro sincronizador (não um interruptor como é dito algumas vezes); isto é, a arma era acionada pelo motor cada vez que as pás não estivessem na frente de seu cano. No tipo interruptor, a ama é operada pelo piloto e simplesmente não atira durante a fração de segundo em que a hélice está na frente, daí: interruptor.
O interruptor tem a vantagem que a quantidade de tiros disparada é usualmente maior usando a mesma arma, mas tem a desvantagem de que em alguma falha, a hélice é estraçalhada no momento em que o piloto atira. Isso também ocorria ocasionalmente com o sincronizador. Alguns interruptores entraram em serviço, mas todos os usados por mais tempo foram os sincronizadores.
Fokker armou um pequeno monoplano que tinha na fábrica com a sua invenção e rebocou-o com um automóvel por 220 milhas até Berlim somente três dias depois que viu o avião de Garros. Seguiu-se um número de demonstrações diante dos incrédulos generais, que esperavam que Fokker demorasse mais tempo. O holandês por fim os convenceu que seu sincronizador podia funcionar.
Alguns Fokker E.I Eindeckers foram modificados para aceitar a Parabellum. Os dois primeiros chegaram à frente em junho de 1915. O Tenente Boelcke fez a primeira vítima usando a máquina original, enquanto pouco depois estava outro ás - Max Immelmann, no terceiro avião. Depois de poucos Fokker E.l entregues, a produção continuou com o E-II, que reteve a arma única, mas tinha um motor rotativo Oberursel de 100 hp em lugar do normal de 80 hp. Durante julho de 1915 somente 11 estavam em uso em toda a frente ocidental.
Surpreendentemente, o Estado Maior Geral Alemão não reconheceu o valor da arma que Fokker colocou em suas mãos e falhou em não encomendar mais máquinas em grande número e em não usá-las em grupos, onde sua força teria esmagado os aliados.

O sincronizador de Fokker.

O primeiro avião armado por Fokker foi este A.III, com uma Parabellum LMG 14. O piloto de testes foi o Leutnant Parschau.

Monoplano Fokker E.II da marinha alemã com metralhadora e sincronizador.

Outra foto de um Eindecker E.I com metralhadora e sincronizador. Parte do capô do motor está aberto para mostrar que a metralhadora é alimentada por uma cinta de balas.

Detalhe de um Pfalz E.IV com uma Spandau sincronizada.
Patentes de sincronizadores alemães de antes da guerra
A fama do Fokker E.II cresceu numa forma extraordinária e fora de todas as proporções no lado aliado que viam a morte em cada monoplano inimigo, copiando a atitude alemã de alguns meses atrás. A partir dessa publicidade inicial veio a lenda de que Fokker foi o inventor do sincronizador. Não pode ser negado que ele concebeu, desenhou e construiu e depois testou um no curto período de 3 dias e que este chegou à frente de combate um ano antes dos equivalentes franceses e ingleses - mas que foi o primeiro a inventar o mecanismo pode ser facilmente refutado. Os historiadores tem ou lhe dado todo o crédito ou descrito as antigas experiências inglesas para negar-lhe a primazia, ignorando as patentes alemãs de antes da guerra ou contemporâneas a ela. Provavelmente a primeira pessoa que pensou no sério problema de atirar para frente a partir de um avião trator foi o engenheiro eletricista Franz Schneider, que em 1911 estava trabalhando com a idéia de atirar com um rifle através do eixo da hélice oco do motor rotativo Gnome. Durante dois anos ele concebeu diversas variações do original e finalmente produziu um desenho eficiente muito semelhante ao sistema de Fokker. Schneider recebeu a "Reichspatent" número 276.396 em 15 de julho de 1913, pelo que dizia ser o primeiro sincronizador de armas para aviões.

A patente de Fokker foi contestada pelo suíço Franz Schneider que havia patenteado um invento similar em 1913. O invento de Schneider baseava-se no bloqueamento da metralhadora quando uma pá da hélice estivesse na frente do cano da arma. Com a hélice girando a 1.200 rpm, a metralhadora era bloqueada 2.400 vezes por minuto. A arma, por outro lado, com sua capacidade de apenas 600 tiros por minuto, ficava incapacitada de dar um único tiro. O mecanismo de Fokker era acionado pelo motor através de uma haste, que disparava a metralhadora no momento em que não houvesse uma pá de hélice na frente do cano. Era a diferença entre o interruptor e o sincronizador.
Infelizmente para a Alemanha, o Estado Maior Geral achava que os civis não podiam experimentar dispositivos militares e aparentemente se recusou a dar uma metralhadora a Schneider para que ele desenvolvesse sua idéia. Schneider depois processou Fokker mas nunca conseguiu qualquer reparação. Pode ser contestado que o holandês não estava ciente do trabalho de Schneider no momento em que desenhou seu mecanismo e é por isso que ele mereceu todo o crédito.
Suportes alemães para armas flexíveis em 1915
Mas para retornar à guerra aérea como ela existiu no verão de 1915, a Alemanha tinha no Fokker E.I o primeiro avião trator armado com metralhadora sincronizada para atirar para a frente, mas em tão pequeno número que seu efeito foi insignificante. O primeiro esforço nesse tempo foi o de armar seus aviões com rifles Mauser já que não tinham metralhadoras em quantidade suficiente.
Em maio de 1915 começaram as primeiras entregas dos novos aviões da classe "C". Eram biplanos tratores biplaces, no qual o observador estava armado com uma Parabellum na primeira montagem rotativa, desenhada pelo mesmo Schneider. Mais uma vez esse desenvolvimento que tremendamente aumentou a eficiência das amas apareceu cerca de um ano antes da montagem aliada semelhante - o anel "Scarff". Tão rapidamente a produção o permitiu, os aviões alemães desarmados da classe "B" foram relegados a tarefas de treinamento.

Biplace alemão com uma metralhadora Parabellum em montagem rotativa.
Em duas tentativas para anular a superioridade aliada, o único tipo de monomotor impulsor que os alemães usaram durante a guerra foi equipado com metralhadoras e denominado classe "C". Também foi introduzida a nova classe de bimotores amados da classe "K" (Kampflugzeug). O Ago C-l, um avião de reconhecimento impulsor com duas estruturas da fuselagem até o leme, com o motor atrás da fuselagem entre as duas estruturas, e seus sucessores, foram usados em pequeno número até 1916. Os projetos bimotores, como o AEG K-I, foram originalmente construídos para bombardear a Inglaterra mas não tinham o raio de ação suficiente. Foram usados em 1915 como aviões de combate amados quando adaptados com uma metralhadora no nariz. Essa série depois foi re-designada bombardeiros da classe "G" (Grossflugzeug).
Em setembro, um desconhecido chamado Manfred Von Richthofen era observador num bimotor "K" baseado em Ostend na Bélgica, quando teve seu primeiro combate. Seu avião estava armado com um rifle e atacou sem resultado um Farman inglês com armamento semelhante.
Mais tarde nesse mesmo mês ele voou em outro "K" que tinha um suporte em cada lado da cabine para a única metralhadora flexível. Ele e seu piloto encontraram um Farman francês e o obrigaram a aterrar. Richthofen nunca foi creditado por essa vitória. Assim vemos que até fins de 1915 o amamento dos aviões de combate alemães não estava padronizado.
Suportes de armas ingleses em 1915
No lado aliado os aperfeiçoamentos demoravam a ser utilizados e essas demoras permitiram a ocorrência do "Flagelo dos Fokker" na primavera de 1916. Quando o Fokker E.II apareceu, os franceses e ingleses não possuíam um avião equivalente mas, por sorte, tinham diversos desenhos em desenvolvimento que poderiam ser adaptados para dar combate aos alemães. O único avião inglês desenhado desde o começo para receber uma metralhadora foi o Vickers FB-5 "Gunbus", que foi encomendado em 1914 e começou a chegar à França em fevereiro de 1915.
Inicialmente o "Gunbus" foi atormentado por falhas no motor, que depois de resolvidas, tornou-o um dos poucos aparelhos aliados que podiam enfrentar o Fokker E.II. Contudo, como nunca foi disponível em grande número seu efeito foi pequeno. O "Gunbus" geralmente carregava a arma inglesa padrão do período - uma Lewis montada num anel móvel na proa com 4 pentes de 47 balas cada um.

Vickers FB-5 "Gunbus".

Farman com metralhadora na proa.

Sopwith Gunbus com uma Lewis com jaqueta na proa.

Farman 30 russo, com uma montagem Duks para uma Lewis sem jaqueta e com resfriador aletado alongado. A montagem foi desenhada para privilegiar tiro ao solo.

Avião impulsor inglês FE.2d com três metralhadoras. Uma fixa para o piloto e duas móveis para o observador.

Posição do observador para se defender de ataque pelo quadrante traseiro.
http://www.spmodelismo.com.br/howto/am/armas1.php
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