Por que um ESC de 60A queimou?
- alexcmag
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Não sou nem preciosista de usar ESCs top de linha, os Castle Phoenix, Mamba e Hydra são mesmo incríveis, mas fora do meu orçamento.
Tenho um Castle, mas é um Thunderbird 18, na época paguei praticamente o mesmo que custava um Towerpro.
Também tenho vários WOW 15/25 que vieram nos combos do Fred e nunca me deixaram na mão, uso-os no limite sem problema algum.
Um dos mais nojentos que já peguei foi o Hyperion Opto 80. Duas placas, dois dissipadores, dezenas de FETs (não lembro mais exatamente mas se não me engano eram uns 8 ou 12 FETs porcaria em paralelo em cada ramo, completando 48 ou 72, não me lembro bem, e mais uma dúzia para freio, completando quase uma centena deles.
Um dos que ficaram mais legais depois de consertado foi um JETI 20. Não era tão bom quanto os Castle (afinal queimou por falta de limitador de corrente), mas a placa era bem feita, elegante, e usava 6 FETs canal N idênticos em encapsulamento D-Pak.
Troquei por 6 FETs D-Pak topo de linha com resistência interna irrisória (que nem por isto foram caros, acho que uns 4 reais cada, 24 reais de componentes para consertar), reforcei todas as trilhas e virou um ESC para 60A do mesmo tamanho de um de 10A. Na verdade os 60A foram limitados pelos terminais dos FETs DPak (limite do encapsulamento), e por uma sobra de segurança, porque se dependesse da pastilha do FET e tivesse fios mais grossos ainda aguentaria 200A de pico na boa.
Tenho um Castle, mas é um Thunderbird 18, na época paguei praticamente o mesmo que custava um Towerpro.
Também tenho vários WOW 15/25 que vieram nos combos do Fred e nunca me deixaram na mão, uso-os no limite sem problema algum.
Um dos mais nojentos que já peguei foi o Hyperion Opto 80. Duas placas, dois dissipadores, dezenas de FETs (não lembro mais exatamente mas se não me engano eram uns 8 ou 12 FETs porcaria em paralelo em cada ramo, completando 48 ou 72, não me lembro bem, e mais uma dúzia para freio, completando quase uma centena deles.
Um dos que ficaram mais legais depois de consertado foi um JETI 20. Não era tão bom quanto os Castle (afinal queimou por falta de limitador de corrente), mas a placa era bem feita, elegante, e usava 6 FETs canal N idênticos em encapsulamento D-Pak.
Troquei por 6 FETs D-Pak topo de linha com resistência interna irrisória (que nem por isto foram caros, acho que uns 4 reais cada, 24 reais de componentes para consertar), reforcei todas as trilhas e virou um ESC para 60A do mesmo tamanho de um de 10A. Na verdade os 60A foram limitados pelos terminais dos FETs DPak (limite do encapsulamento), e por uma sobra de segurança, porque se dependesse da pastilha do FET e tivesse fios mais grossos ainda aguentaria 200A de pico na boa.
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[quote:c85557793c="araripe"]De qq maneira, uma coisa que notei após pousar é que o ESC estava muito quente e esquentando mais. Só depois que desliguei a bateria é que começou a esfriar. Ou seja, mesmo com o motor parado os MOSFETs estavam drenando corrente.
Tá difícil.[/quote:c85557793c]
É normal, boa parte das vezes em que FET queima ele entra em curto, se um parzinho pifar fecha uma ponte entre o negativo e o positivo e esquenta mesmo.
Se a bateria for muito boa, eles explodem em seguida, abrindo o curto :)
Tá difícil.[/quote:c85557793c]
É normal, boa parte das vezes em que FET queima ele entra em curto, se um parzinho pifar fecha uma ponte entre o negativo e o positivo e esquenta mesmo.
Se a bateria for muito boa, eles explodem em seguida, abrindo o curto :)
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É este carinha aí... http://www.farnell.com.br/u_Catalogo.apw?VerProd=1&cCodPro=19K8389
Se colocar 12 deles, dificilmente você consegue queimá-lo novamente.
Mas antes de encomendar os FETs, recomendo fazer alguns testes:
1) Ligue em uma bateria fraquinha (que aguente pouca corrente, uma NiMh de 8 células velha por exemplo) e certifique-se de que o regulador de tensão interno está funcionando corretamente (tem que ter 5V).
2) Se apenas alguns FETs estiverem em curto, retire-os da placa e/ou substitua por outros da própria placa, veja se os outros funcionam, com um motor pequeno por exemplo. Isto é para certificar-se de que o microcontrolador que é o "cérebro" dele não está pinéu.
Se passar nos testes acima, troque todos os FETs por um destes parrudos, reforce as trilhas de potência soldando fio de cobre por cima e você terá um bom ESC.
Com 6 destes FETs já se pode considerar o ESC como sendo para 50A. Com 12, 100A com folga.
Ah, não precisa mais de dissipador, a resistência interna é baixa e trabalharão frios.
Se colocar 12 deles, dificilmente você consegue queimá-lo novamente.
Mas antes de encomendar os FETs, recomendo fazer alguns testes:
1) Ligue em uma bateria fraquinha (que aguente pouca corrente, uma NiMh de 8 células velha por exemplo) e certifique-se de que o regulador de tensão interno está funcionando corretamente (tem que ter 5V).
2) Se apenas alguns FETs estiverem em curto, retire-os da placa e/ou substitua por outros da própria placa, veja se os outros funcionam, com um motor pequeno por exemplo. Isto é para certificar-se de que o microcontrolador que é o "cérebro" dele não está pinéu.
Se passar nos testes acima, troque todos os FETs por um destes parrudos, reforce as trilhas de potência soldando fio de cobre por cima e você terá um bom ESC.
Com 6 destes FETs já se pode considerar o ESC como sendo para 50A. Com 12, 100A com folga.
Ah, não precisa mais de dissipador, a resistência interna é baixa e trabalharão frios.
ESC
Teste o motor com um ESC 30A e uma 3S, sem hélice. O motor está girando normalmente. Tanto com uma aceleração bem baixa como 100% do stick, o giro é bem estável, sem variação (pelo menos que dê para ouvir).
Apesar de não ter colocado carga no motor e como consequencia a corrente no ESC ter sido bem baixa (uma vez que ele não esquentou) isso significa que o motor está funcionando corretamente?
araripe
Apesar de não ter colocado carga no motor e como consequencia a corrente no ESC ter sido bem baixa (uma vez que ele não esquentou) isso significa que o motor está funcionando corretamente?
araripe
Alexandre Araripe
Universidade Federal da Bahia
Instituto de Física
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- fabiofleal
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...
Araripe,
Acho escrevo d+ e vc não acaba não lendo até o final, rapá! :)
O fato do seu ESC ter aguentado um rojão filho da mãe em dia e pifar no dia seguinte indica que aconteceu com ele o mesmo que acontecia nos meus do 737 e no Mystery do cherokee: A deterioração por superaquecimento que o outro Alexandre mencionou ao responder meu post.
É por isso que hoje, faço vôos curtos com o PP-PRL, pouso e abro o capô e tiro a asa, p/ que o ar entre pela frente, retire o calor e saia, quente, pelo "hacth" do encaixe da asa, em cima. A boa e velha 1ª lei...
Acho escrevo d+ e vc não acaba não lendo até o final, rapá! :)
O fato do seu ESC ter aguentado um rojão filho da mãe em dia e pifar no dia seguinte indica que aconteceu com ele o mesmo que acontecia nos meus do 737 e no Mystery do cherokee: A deterioração por superaquecimento que o outro Alexandre mencionou ao responder meu post.
É por isso que hoje, faço vôos curtos com o PP-PRL, pouso e abro o capô e tiro a asa, p/ que o ar entre pela frente, retire o calor e saia, quente, pelo "hacth" do encaixe da asa, em cima. A boa e velha 1ª lei...
Quer matar de raiva um aeromodelista ? Aplique conhecimento em materiais tidos como alternativos e faça seu pacote voar bem e por muito tempo.
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- fabiofleal
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Pois é. Eis uma questão interessante: Poucas vezes eu vi fabricantes mencionarem que corrente nominal é a uma determinada temperatura. É aí que os acrobáticos e "escaleiros" precisam ficar espertos, pois dependendo do tipo e da escala (tamanho) do avião, nem sempre é possível garantir os tais 25ºC p/ os quais a maioria dos ESCs foi projetada. Se não houver um generoso fluxo de ar, o Sr. Joule ataca impiedosamete.