Piper em depron com sobrepesso (preciso de ajuda)

Qual o motor certo para qual modelo, qual hélice para tal redução, quantas voltas de fio em tal brushless.
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alexcmag
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Mensagem por alexcmag »

O empuxo não tem que ficar acima do peso do aero, isto é a maior bobeira.

O importante é:
Relação peso/potência acima de 150W/kg para voo básico, OK no seu caso com hélice 9x5
Pitch-speed pelo menos 50% acima da velocidade de stall, OK no seu caso com hélice 9x5
Empuxo de pelo menos 50% do peso do modelo, OK no seu caso com hélice 9x5

Um dos meus primeiros aeros era um J3 de 1,2m de envergadura com 320g de empuxo e 620g de peso ARF, e voava bem, mas meio no limite, tinha que acelerar e esperar levantar a cauda, para depois ganhar mais velocidade, para sair do chão.
man1aco
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Mensagem por man1aco »

O meu Piper com mesma carga alar estou usando uma helice 8x5 TGS sport e ficou maravilhoso , tem motor de sobra.

A 9x5 vai sobrar empuxo, desnecessario já que não vai fazer tork com esse motor ai, uma 8x6 APC deixa ele um foguete.

O meu com a 8x6 decolava sozinho sem dar comando, por isso passei para a 8x5 pra correr mais na pista e decolar com calma.

Desencana com carga alar, estou voando um T-6 Texan com carga alar de 34g/dm² e nunca fui tão feliz, até os pousos parecem mais faceis nele hoje do que nos meus asa alta.
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LaercioLMB
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Mensagem por LaercioLMB »

[quote:bcaf13bc1c="cesaritap"]Minha maior dúvida esta na carga alar um pouco alta e o motor com empuxo abaixo do peso do aéro. Qual motor vc utilizou no modelo acima Laercio?[/quote:bcaf13bc1c]

Sua maior dúvida sobre carga alar, está sendo por causa das informações erradas que tem aprendido de pessoas que não sabem o que falam e dizem que o empuxo do motor é importante.
Mas para que serve o empuxo do motor então?
Na maioria dos modelos, incluindo o seu, o empuxo do motor tem que ser maior somente do que o arrasto que o aeromodelo tem.
Um exemplo é que o aeromodelo para poder voar, tem que vencer a resistência do ar e é aí que entra o empuxo do motor.
Um bom exemplo prático de arrasto, quando estiver andando de carro ou de ônibus mesmo, quando o veículo estiver em movimento, coloque a mão para fora da janela, de modo que a palma da mão aberta, fique voltada na direção em que o veículo esteja andando, verá que o vento força a sua mão para trás. Logo a seguir, deite a mão de forma que a mão fique de lado no sentido em que o veículo anda, verá que o ar quase não empurra a mão e isso é o arrasto que a sua mão tem para vencer a resistência do ar, mão espalmada, maior arrasto, mão deitada, menor arrasto.
Com os aviões é a mesma coisa, eles tem um arrasto segurando eles quando se deslocam e o motor só tem que ter mais empuxo do que o arrasto que segura o aeromodelo.
Não adianta querer compensar arrasto com motor mais potente, ajuda, mas não é eficaz, pois quanto maior for a velocidade, maior será o arrasto.
é por isso que carros que atingem grandes velocidades, necessitam de motores mais potentes, pois o arrasto aumenta muito com velocidades mais altas.
Esse meu modelo da foto acima, voaria perfeitamente bem com um motor E-MAX 2215/20, mas como ele tem um nariz chato e muito grande, devido a originalidade do avião na qual ele foi baseado para ser construído e como a hélice é uma de 12 polegadas, a escolha do motor não foi em relação a empuxo e sim um motor que tocasse uma hélice de 12 polegadas sem queimar.
Mas por que uma hélice tão grande então?
Sou escalista e a hélice na escala original, teria que ser uma de 11,8 polegadas, então eu arredondei para 12 polegadas e como o nariz dele é muito grande, uma hélice de 9 polegadas ficaria praticamente escondida na frente do nariz e isso faria o desempenho da hélice cair muito, já que logo atrás da hélice, teria uma parede impedindo o deslocamento correto do ar.
Se você criticar um sábio, ele te agradecerá. Se você criticar um ignorante, ele te insultará.
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Alvaro Sala
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Mensagem por Alvaro Sala »

Esse vídeo é do meu modelinho COPÉRNICO.
5O Cm de envergadura eletrônica de X-Twin.
O empuxo estático do par de motores do X-Twin é de 10g e o modelo voa pesando 30g. Não tem leme nem profundor, todo trabalho é feito apenas controlando o empuxo dos motores.
Obviamente com uma configuração dessas só dá pra voar indoor.


[yt]Ogi8J4K76Ls[/yt]
cesaritap
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Mensagem por cesaritap »

Pessoal obrigado pelas dicas, sabado inauguro o bichinho, assim que tiver tempo vou postar neste tópico as fotos da construção dele para que vcs possam opinar...valeu
cesaritap
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Mensagem por cesaritap »

Pessoal seguem algumas fotos do meu Piper descrito no início do tópico, vou colocar mais fotos da contrução dele, aguardo comentários...valeu
Anexos
2013-06-23 17.56.08.jpg
2013-06-23 17.56.08.jpg (35.55 KiB) Exibido 5734 vezes
2013-06-23 17.58.44.jpg
2013-06-23 17.58.44.jpg (35.84 KiB) Exibido 5734 vezes
2013-06-23 17.55.09.jpg
2013-06-23 17.55.09.jpg (33.95 KiB) Exibido 5734 vezes
Aeromodelista é quem projeta e constói seu próprio avião, e entende os principios da física que o faz voar
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alexcmag
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Mensagem por alexcmag »

Está bem bonito, e pelo que dá para ver as superfícies estão com alinhamento correto, motor idem, áreas corretas, achei os ailerons um pouco pequenos mas como tem carga alar alta devem ser suficientes. Deve voar bem sim.
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LaercioLMB
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Mensagem por LaercioLMB »

Um detalhe muito importante sobre o cálculo de carga alar.
A maioria dos aeromodelos, tem as asas encaixadas na fuselagem, sendo assim, essa parte não pode ser contada na envergadura na hora de calcular a carga alar, pois a parte das asas que está na fuselagem, não gera sustentação.
Um exemplo;
Vamos supor que o aeromodelo tenha 120 cm de envergadura, mas a largura da fuselagem onde as asas encaixam, tem 8 cm. Nesse caso, temos que tirar 8 cm da envergadura do aeromodelo para calcular a carga alar.
Se tem 120 cm de envergadura, menos 8 cm de fuselagem, termos então somente 112 cm de envergadura para calcular a carga alar.
Um exemplo de diferença de resultado.
120 cm de envergadura e 24 cm de corda.
120 X 24 = 2880 cm² : 1000 = 28,80 dm² (decímetros quadrados)
O aeromodelo pesa 850 g, então teremos 850 : 28,80 = 29,51 g/dm²
Agora, se retirarmos a parte da fuselagem, teremos então;
112 X 24 = 2688 cm² : 1000 = 26,88 dm²
850 : 26,88 = 31,62 g/dm²
Ainda uma ótima carga alar, mas em aeromodelos pequenos, cada grama extra na carga alar, faz muita diferença.
Se você criticar um sábio, ele te agradecerá. Se você criticar um ignorante, ele te insultará.
man1aco
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Mensagem por man1aco »

Agora o Laercio exagerou, em dizer que a asa na fuselagem não gera sustentação nenhuma.

Isso é valido para asa media como extra e edge que não tem nenhuma parte da asa compartilhada ao mesmo tempo com a fuselagem e o ambiente.

Toda a asa deve entrar na conta da carga alar em um asa baixa ou alta, e se for um asa alta essa parte da asa que fica acima da fuselagem esta gerando sustentação o tempo todo mesmo que pouca em comparação ao resto.

O asa baixa é um pouco diferente e só vai gerar sustentação na parte da asa que fica em baixo da fuselagem dependendo do angulo de ataque, em angulo zero não vai gerar nada , porem é incomun alguem construir um modelo asa baixa com zero de angulo de ataque.

Fonte da informação, professor do meu primo este que é cadete na AFA.

Coisa que eu não pude ser por diversos defeitos de fabricação e por isso reprovado no exame medico apesar de passar uma vez na prova escrita. ( desvio de septo, miopia e astigmatismo desde de novo )
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LaercioLMB
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Mensagem por LaercioLMB »

[quote:87e46cdb17="man1aco"]Agora o Laercio exagerou, em dizer que a asa na fuselagem não gera sustentação nenhuma.

Isso é valido para asa media como extra e edge que não tem nenhuma parte da asa compartilhada ao mesmo tempo com a fuselagem e o ambiente.

Toda a asa deve entrar na conta da carga alar em um asa baixa ou alta, e se for um asa alta essa parte da asa que fica acima da fuselagem esta gerando sustentação o tempo todo mesmo que pouca em comparação ao resto.

O asa baixa é um pouco diferente e só vai gerar sustentação na parte da asa que fica em baixo da fuselagem dependendo do angulo de ataque, em angulo zero não vai gerar nada , porem é incomun alguem construir um modelo asa baixa com zero de angulo de ataque.

Fonte da informação, professor do meu primo este que é cadete na AFA.

Coisa que eu não pude ser por diversos defeitos de fabricação e por isso reprovado no exame medico apesar de passar uma vez na prova escrita. ( desvio de septo, miopia e astigmatismo desde de novo )[/quote:87e46cdb17]

Se esse professor provar isso com cálculos, acreditarei, caso contrário, é mais um dos que acreditam que a asa gera sustentação mesmo na fuselagem, ainda mais o intra dorso de uma asa.
Sinto muito, mas essa sua fonte de informação é muito precária.
No caso do Piper e similares, o dorso da asa na fuselagem até gera um pouco de sustentação, mas bem inferior do que o conjunto do perfil completo e por esse motivo é que se deve ignorar a parte da asa que fica na fuselagem para evitar algo indesejado no final da construção.
A parte de baixo de uma asa, só iria gerar sustentação negativa, ou seja, para baixo, o que não é o desejado, já que a parte de cima das asas tem uma fuselagem e não um perfil.
Por isso é que a sua fonte está muito precária em afirmar que o intra dorso de uma asa gera sustentação em voo normal.
Já deve ter notado que muitos aeromodelos ao voarem em dorso, ficam com a cauda pendurada. Já pensou no por que disso?
Simples, as asas geralmente tem uma incidência positiva no perfil para a sustentação alcançar o máximo de eficiência e o aeromodelo ao entrar em dorso, a incidência da asa passa a ser negativa e baixando a cauda, se recoloca a asa novamente com incidência 0 ou positiva, dependendo do tipo de perfil usado, pois nenhuma asa com incidência negativa, gera sustentação positiva (para cima).
Deve ter notado também que os perfis por mais simétricos que sejam, o intra dorso é sempre mais fino do que o dorso, medidos do eixo do perfil, pois quando um perfil for igualmente na mesma medida dos dois lados, tanto em cima quanto em baixo, esse perfil não irá gerar sustentação em incidência 0 nem aqui e nem na China, tendo então que ter uma incidência positiva para que comece a gerar alguma sustentação.
Pode até ter algum perfil igual nos dois lados, mas até agora, todos os perfis que olhei, nenhum tem o dorso igual ao intra dorso, sempre o dorso é mais espesso do que o intra dorso de um perfil.
Sendo assim, se esse professor me provar com cálculos essa sustentação gerada, passarei a acreditar na suposição dele, do contrário, infelizmente é mais um dos que se acham professores, coisa que infelizmente existe em nosso país.
Se você criticar um sábio, ele te agradecerá. Se você criticar um ignorante, ele te insultará.
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