Review: The World Models Handyman

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brunollo
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Review: The World Models Handyman

Mensagem por brunollo »

[color=blue:1f5269d729][size=18:1f5269d729]Review: The World Models/The Wings Maker Handyman[/size:1f5269d729][/color:1f5269d729]
[b:1f5269d729]Pura diversão![/b:1f5269d729]

[img:1f5269d729]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Handyman/01handymanaproximacao.jpg[/img:1f5269d729]
[i:1f5269d729]O Handyman se aproxima para pouso depois de uma série de manobras que encantaram o público e deixaram o piloto com um sorriso estampado no rosto![/i:1f5269d729]

A The World Models faz vários modelos muito legais. Há alguns anos, esse fabricante decidiu lançar uma linha de aviões fabricados em EPO, e lançou uma submarca só para esses modelos, chamada The WingsMaker. Eu tenho um modelo desses, da Wings Maker, chamado Handyman. É uma reprodução em EPO do consagrado fun flyer Melting da TWM, com direito a curvas bonitas, bico bem desenhado, profundor e leme perfilados e entradas e saídas de ar estilosas na fuselagem. Muita gente pergunta por ele depois de eu voá-lo. Então, decidi contar um pouco mais sobre esse avião.

[b:1f5269d729]O que ele é?[/b:1f5269d729]
É um funflyer? SIM!!! É um avião feito pra vc se divertir. Ele tem velocidade de estol baixa, e é muito manobrável. Ao mesmo tempo ele é estável e muito controlável. É a perfeita definição de funflyer, ainda mais por outra qualidade que vou listar abaixo...
É barato? SIM!!! Custando em média 200 reais com todo o hardware (mas sem a eletrônica nem o motor) é um avião que você voa tranquilo e não tem medo de arriscar, pois não é caro. E você consegue encontrar ele mais barato ainda em promoções!
É capaz de realizar manobras 3D? Sim, mas com alguns ajustes. O motor sugerido pela TWM é fraco pra isso, e a quantidade de comandos é pouca. Pra realizar 3D com ele, tem que botar um motor mais forte (que entregue entre 250 e 300w) e aumentar o máximo possível os comandos. Uma boa característica é o alinhamento do eixo do motor com as asas. Ele é um clássico Zero-Zero-Zero (zero incidência de asa, zero defasagem de eixo demotor/asas/profundor, simetria de asas zerada.)
É resistente? Sim. O EPO tipicamente enruga e volta pro lugar com calor. A velocidade de estol dele também é baixa, então algum tombo com ele, a menos que seja direto de bico no chão, dificilmente resulta em quebra séria. Também é fácil de consertar: o EPO trabalha bem com CA e fita filamentosa.
É prático? Sim. As asas têm baioneta e são desmontáveis. Mas eu decidi colar as asas para manter a integridade estrutural dele durante mais tempo. Ainda assim não é difícil transportar, pois as dimensões são relativamente comedidas (1,05 de fuseca x 93cm de asa)
É bonito? NÃO. Quando você olha pra ele, vê aquele nariz esquisito, o canopi de um azul bisonho e a cor amarela esmaecida você sabe que está diante de um avião feioso. Mas é um feio que satisfaz...

[img:1f5269d729]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Handyman/02handymannaoebonito.jpg[/img:1f5269d729]
[i:1f5269d729]O Handyman é como aquela menina de óculos do fundo da sala: não é particularmente bonito, mas vai tentar te conquistar por outros predicados...[/i:1f5269d729]

[b:1f5269d729]Montando:[/b:1f5269d729]
Eu recebi o Handyman e deixei ele guardado, maturando. Eu sou mesmo um construtor lento, então quase sempre demora pra eu começar a montar algo que eu compro. Mas num sábado chuvoso, que me deixou parado em casa, decidi começar a montar. Abri a caixa e tive uma boa surpresa. A quantidade de peças é pouca: uma fuselagem, duas asas, um profundor e um leme. E o melhor: como é EPO, as superfícies de comando já vêm prontas, moldadas! Muita gente pergunta se o trabalho das dobradiças feitas com o próprio EPO resulta em falha por fadiga, mas depois de seis meses tocando o horror todo o fim de semana com o Handyman com comandos NO TALO, muito além dos recomendados pelo fabricante, as dobradiças vão muito bem, obrigado. Além de tudo, não há “gap” entre a asa e a superfície móvel para selar. A TWM jogou seguro e recomenda que na hora da montagem se reforçe as dobradiças com filamentosa.
As casas dos servos são moldadas no próprio EPO e possuem reforços em liteply para os parafusos. Os HXT900 entram justos, sem folgas nessas casas. Os links são do tradicional metal durão e pesado da TWM. Eu fiquei com preguiça e deixei esse metal pesadão mesmo, mas a coisa mais fácil do mundo é trocar esses arames por uns mais leves e economizar uns 3g aí. Os horns são da TWM, e os clevis vêm prontos pra serem encaixados nos links de metal, com ponta rosqueada. Tudo muito prático e limpo de montar. A baioneta é de fibra de carbono, e as asas podem ser desmontadas.
O berço do motor é de liteply, já vem furado e o motor é montado invertido (só a ponta do eixo sai da fuselagem). O motor ideal é de cerca de 60g, mais ou menos do tamanho de um E-Max 2215/20 e capaz de suportar entre 250 e 300w. Eu usei um 2830 de 1000kv de uma linha nova da Turnigy, com fios de bitola mais larga nas bobinas. Essa linha nova é especialmente feia, mas muito eficiente... Com uma 10x47 APC SF ele entrega 23A e274w. Ele ganhou também um spinner da Du-Bro, preto com o prop adapter embutido (uma bela surpresa, leve e bem balanceado).O speed Turnigy Sentry de 30A foi montado na parte inferior da baia da bateria, uma Turnigy Nanotech de 1300mAh e 25c.
O leme e o profundor vêm desmontados e a moldagem dos componentes do avião é tão bem-feita que as peças entram sem folga e perfeitamente alinhadas, economizando o tempo de alinhar o avião. O material responde de forma soberba à CA. Usei uma CA mais lenta pra desencargo de consciência e resistência maior. Tudo é tão prático e rápido que eu, que sou um construtor lento e metódico, levei apenas uma tarde pra montar ele! Incrível!

[img:1f5269d729]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Handyman/03handymanmontagememquatrotempos.jpg[/img:1f5269d729]
[i:1f5269d729]A montagem em quatro tempos:
1. Apenas 5 peças de airframe principais: montagem super rápida;
2. Superfícies de comando moldadas e reforçadas com fita filamentosa;
3. Casas de servo justas e firmes, e horns, clevis e links de qualidade;
4. Liteply na parede de fogo do motor (o Turnigy 2830 feioso que vc vê montado invertido) e no berço de eletrônicos.[/i:1f5269d729]

[b:1f5269d729]Ajustes finais[/b:1f5269d729]
Que ajustes finais? Montei ele by the book, em menos de uma tarde. As únicas coisas que eu fiz fora das instruções do manual (que foram opções de montagem mais que ajustes) foram trocar a hélice, colar as asas e trocar as rodas. A hélice retrátil da TWM é uma piada, vem desbalanceada e não funciona direito. Botei uma hélice 10x47 APC SF que quase não pediu balanceamento na montagem e não vibra mesmo em aceleração total.
Eu decidi colar as asas porque observei em outros Handyman (há três desses voando no nosso clube) com o passar do tempo uma deformação acentuada nos pivôs de fixação das asas (moldados em EPO nas próprias asas), que causava um “diedro forçado”, alguma rotação e mudança do ângulo de ataque das mesmas durante o acionamento dos ailerons e flutter nas asas inteiras (algo bem assutador) em velocidades mais altas. Assim, passei cola MESMO nas asas do meu. Como ele tem 93cm de envergadura por 1,05m de comprimento não é difícil de transportar.
E as rodas, bem... Quem me conhece sabe que eu não acho as rodas originais da TWM as coisas mais bonitas do mundo... Ainda assim, eu deixei na bequilha a roda horrorozinha original, feita de plástico, em vez de colocar algo mais bonitinho e de espuma ou borracha. Porque? A rodinha de plástico derrapa no asfalto, e eu achei importante isso pra, nos pousos, o esforço sobre as engrenagens do HXT900(que atua no leme com o máximo de deflexão e esforço possível) ser menor.Mas as do trem principal foram ejetadas, até porque as originais têm o cubo muito estreito para o trem e podem “escapar” pra dentro do eixo em um pouso meio caranguejado.

[img:1f5269d729]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Handyman/IMG_1249.jpg[/img:1f5269d729]
[i:1f5269d729]As áreas de asas e dos comandos são enormes, já prevendo um vôo extremamente acrobático[/i:1f5269d729]

O CG é facilmente ajustável por causa do tamanho da baia de bateria, e pode ser atrasado em mais de2cm sem nenhum prejuízo ao voo nivelado, graças à corda generosa das asas (32cm na raiz!). No final das contas, o Handyman ficou pronto pra voo com 597g, já com a bateria de 1300mAh. Com 22dm2 de área de asa, a carga alar ficou em excelentes 27g/dm2, uma marca muito baixa para um acrobático e que já previa um vôo muito tranquilo. Entregando 274w, o Handyman trabalha com uma relação peso potência de excelentes 45w/100g, ou 450w/kg. Excepcional potência pra 3D!

[img:1f5269d729]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Handyman/04handymanpontosamelhorar.jpg[/img:1f5269d729]
[i:1f5269d729]Pontos a corrigir para obter um melhor desempenho do Handyman:
1. Asas baionetadas precisam ser coladas. Uma perda do ponto de vista do transporte, mas o procedimento é necessário para manter a integridade estrutural do bicho;
2. Fixação do trem de pouso precisa ser reforçada. Original, um esforço eventual pode rasgar a fuselagem perto do trem de pouso;
3. Hélice TWM, dobrável e desbalanceada, precisa ser substituída por uma fixa e balanceada.
4. Rodinhasfeiosas e com o cubo fino devem ser substituídas por outras mais bonitas e largas.[/i:1f5269d729]

[b:1f5269d729]Adesivos e pintura[/b:1f5269d729]
O Handyman vem com umas folhas de adesivos pra decorar com a qualidade habitual dos adesivos TWM: bem impressos e de gramatura fina, pra não agregar peso. Um set azul e outro vermelho pra dar opção ao piloto. Mas a cor desse EPO é de doer. O amarelo-burro-fugido não contribui em nada para o aspecto do avião. Felizmente, o EPO responde bem à aplicação de esmalte a base de água. Um dos Handyman do clube foi pintado com sucesso: as cores ficaram firmes e, depois do tempo de cura, não mancham nem desgrudam durante o manuseio. Pena que as cores escolhidas não foram BEM escolhidas...

[b:1f5269d729]Sobre a dignidade...[/b:1f5269d729]
Pois é. Infelizmente, dignidade é uma coisa que falta ao Handyman. Não ao avião em si, mas na nossa turma todos os Handyman receberam apelidos inglórios. O primeiro do clube foi pintado com a bisonha (pra dizer o mínimo) combinação de amarelo limão e laranja rosado, foi decorado com foguinhos adesivos e ganhou imediatamente o apelido de Priscilla, o Tucunaré Alado. Como eu que dei o apelido, quando o meu chegou o troco foi imediato: meu Handyman foi batizado de Maria Tereza Weiss, por causa da cor de caixa de picolé de praia. O outro, como apanha muito do dono, ganhou a alcunha de Maria da Penha, mulher de malandro... dose, né?

[img:1f5269d729]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Handyman/05MARIAEPRISCILLA.jpg[/img:1f5269d729]
[i:1f5269d729]Maria Tereza Weiss e Priscilla: A falta de dignidade nos apelidos pode deixar o dono puto da vida... ou ser mais uma fonte de diversão![/i:1f5269d729]

[b:1f5269d729]Voando Maria Tereza Weiss[/b:1f5269d729]

[img:1f5269d729]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Handyman/06feiomasmuitobom.jpg[/img:1f5269d729]
[i:1f5269d729]Na hora do voo vc descobre que ele, realmente, é um feio que satisfaz. Olha a cara de abobado e feliz do piloto![/i:1f5269d729]

O Handyman é daqueles aviões que você quer voar sempre, quer levar sempre. Maria Tereza Weiss provoca o ciúme de outros aviões, pelo menos uma vez por semana vai voar. Também, pudera: O Handyman é muito bom de voo. A decolagem é meio malandra, pois o avião é comprido e tem pouco ângulo de ataque: o piloto tem que deixar o bicho correr um pouquinho e “decolar a cauda”, pra aí sim aplicar o profundor de leve e, então, subir. Mas tudo é muito rápido, o avião decola em menos de 10m. Dependendo da vontade e da quantidade de profundor aplicado a ponta do leme (MUITO COMPRIDO) raspa no chão... o meu está com a ponta do leme toda lanhada por isso, hehehe.
O voo dele nivelado é liso e fácil tanto em voo normal quanto no dorso. Nas manobras ele é muito bom também. Nos rolls lentos ele pede mínima correção no profundor, e o leme tem tanta atuação que é possível executar os rolls lentos apenas com o leme. O Hover é simples de entrar e segurar. O torque roll pode ser induzido facilmente com aplicação do aileron à esquerda, e o visual é soberbo. Os parafusos chatos saem bonitos. Ele não achata a ponto de reverter a descida e começar a subir como um shock, mas sustenta o ângulo na descida, com o bico um pouco baixo. O Harrier dele sacode bastante as asas em voo normal, mas em dorso essa tendência diminui. A faca é fácil de entrar se vc acertar o ângulo na rolada. Se não, ele vai tender para onde a asa estiver caída (ventre ou dorso) mas a aplicação do aileron corrige isso também. Ele voa de faca com facilidade e pouco ângulo por causa da fuselagem bem alta e estreita. Ele executa bem o roll de quatro tempos se estiver com pouco comando. Com muita atuação de comandos é difícil acertar e entregar a manobra reta.
Aliás, o manual é extremamente conservador no que toca a comandos. Usei os low rates sugeridos apenas no primeiro vôo. Depois, usei os high rates como low rates e coloquei a maior deflexão de comandos possível nos high rates (isso inclui dar batente no profundor, e o avião ainda pode pedir mais em algumas manobras...) Com muita animação, dá pra fazer um loop de faca, mas ele perde muita altitude nisso. Os hammerheads, como em qualquer avião com fuselagem comprida e muito leme, parecem ser feitos num pino. A manobra bem feita faz o avião girar perfeitamente sobre a ponta da asa interna. O elevador deve ser feito com todo o profundor e quase sem motor (ele é muito leve, chega a fazer a manobra sem motor), qualquer aplicação excessiva de motor faz com que as asas sacudam e faz ele andar muito à frente, matando a estética da manobra. O estol de badalo não sai com facilidade, eu acredito que é porque o avião é muito leve para a quantidade de asa dele, qualquer vento ou sacudida tira ele do eixo na “descida em ré” inicial da manobra. Ainda assim eu consegui realizar um estol de badalo no vídeo, ele pouco desceu e virou bonito, retinho e entrei em seguida com ele no parafuso.
Mas isso faz parte, no geral um avião acrobático com carga alar tão baixa é sensacional, e o Handyman parece um shock em vôo. O estol dele é em velocidade incrivelmente baixa e você só lembra que ele pesa 600g quando estola: ele cai de uma vez, chega a ser engraçado quando o “ar acaba”. Todos da turma já tomamos alguns tombos com nossos Handyman por estarmos voando baixo e lento demais. Nesse sentido ele é bem diferente de um shock. Mas na maioria das vezes é só pegar ele do chão e botar pra voar de novo. Como eu havia comentado antes, ele resiste a pequenas quedas. O ponto fraco dele é o trem de pouso. O suporte do trem na fuselagem é pequeno, na minha opinião, e pancadas no mato dão uma deformadinha no EPO. Depois de algumas pancadas eu reforcei o meu com filamentosa em volta do trem pra evitar de rasgar a fuselagem naquele ponto e coloquei um par de reforços longitudinais de madeira para reforçar com CA. Agora ficou bom.
No pouso o Handyman também é bem mansinho. Controlando a velocidade de descida com o motor e o profundor, ele pousa muito bem comportado. Tão comportado que te dá confiança para pousar atravessado em dias de muito vento, por exemplo, o que é divertido e dá um pouso de visual eletrizante. Além disso, o vão livre da hélice 10x47 é de 6cm com a fuselagem nivelada. Com a bequilha tocando o chão, o vão livre chega aos 8cm. É impossível tocar a hélice num pouso normal.

[img:1f5269d729]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Handyman/07handymanmanobras.jpg[/img:1f5269d729]
[i:1f5269d729]Detalhes de voo
1. Muito estável: a faca sai quase sem correção.
2. Ótimo para quem quer praticar o 3D: com a motorização certa e o CG ligeiramente atrasado, segura no torque com facilidade, por exemplo;
3. Pouso manso manso: vem lento e previsível;
4. Maria Tereza Weiss e Priscilla depois de um voo: o avião é tão estável que você consegue voar em formação sem dificuldade[/i:1f5269d729]

Depois do pouso, um problema que me incomoda desde o primeiro vôo é a ventilação deficiente do motor: mesmo com entradas e saída de ar bem transadas na fuselagem, que dão um aspecto bem esportivo, aerodinâmico e agressivo ao avião, o motor esquenta PRA BURRO. Eu já medi temperaturas encostando nos 80 graus no bell, se eu voar de forma agressiva e abusar no 3D. O mais engraçado é que a bateria e o speed descem frios, e o motor mais que suporta a potência que entrega. Só posso apostar em ventilação deficiente.

[img:1f5269d729]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Handyman/08ventilacao.jpg[/img:1f5269d729]
[i:1f5269d729]Apesar das inúmeras entradas (em cima na foto) e saídas (embaixo) de ventilação forçada, o Handyman tende sempre a descer com o motor quente.[/i:1f5269d729]

[b:1f5269d729]Vídeo[/b:1f5269d729]
[YT]TdF_dZQ0HPw[/YT]
Voo do Handyman, video não editado. Pilotado por esse que vos tecla e filmado pelo bom amigo Edgar, que também foi o fotógrafo de campo. Obrigado, Edgar!

[b:1f5269d729]É para um iniciante?[/b:1f5269d729]
Não. Ele é um avião acrobático sem nenhuma auto-correção, que vai para onde você aponta. Porém, ele é um bom avião para quem já domina um treinador com ailerons e quer voar um acrobático. Basta começar com pouco comando e ir aumentando a deflexão à medida que a habilidade aumenta. O Handyman vai acompanhar o piloto por muito tempo como um excelente e divertido acrobático! Eu compraria outro tranquilamente!

[b:1f5269d729]Conclusão[/b:1f5269d729]
O Handyman pode ser definido em duas palavras: SEM DRAMA. É um avião que você voa tranquilo, pois ele tem um estol lento, de fácil recuperação e, caso tudo dê errado, ainda é resistente a pequenos tombos. É obediente, voa muito reto e é fácil de pousar. Pena que é meio feioso, mas os mais habilidosos podem aplicar uma bela pintura para melhorar um pouco o aspecto desse avião fenomenal. Na minha opinião, como funflyer, eu o acho superior inclusive ao Melting, pois é mais leve e o piloto voa menos preocupado, por ser de EPO em vez de balsa.

[b:1f5269d729]Onde comprar?[/b:1f5269d729]
Você acha o Handyman na Hobby Delivery aqui no Brasil.
http://www.hobbydelivery.com.br/site/loja/Produtos.asp?Produto=GM039XM&id=HANDYMAN EP - VERSÃO KIT PARA MONTAR SEM MOTOR

[b:1f5269d729]Prós:[/b:1f5269d729]
-Fácil de montar. Possui poucas peças bem moldadas no EPO, que encaixam sem folgas e deixam o avião todo alinhado. As dobradiças são moldadas e já vêm prontas! Excelente!
-Barato. Vale muito a pena pelo valor.
-Com a eletrônica correta ele fica muito leve, e voa bem mesmo 100g mais pesado.
-Voa reto, é estável, sem tendências e com muito comando: uma combinação irresistível.
-Estol lento e fácil de recuperar.
-EPO é resistente a pequenos tombos, enruga e volta com a aplicação de um pouco de calor.
-O EPO também é fácil de consertar. A CA é amiga do EPO!
-Pouso fácil. Ajuda muito ao piloto menos experiente em pousos, transmite confiança e permite ao piloto desenvolver suas habilidades no pouso.
-É um acrobático versátil, com comandos reduzidos se presta tranquilamente ao papel de segundo ou terceiro avião, logo depois de um treinador com ailerons. E a quantidade de comandos pode ir aumentando conforme a experiência do piloto aumenta, transformando-se num avião agressivo e muito ágil.
-Possui entradas e saídas de ar muito estilosas, que dão um visual mais agressivo e esportivo a ele.
-Vem com adesivos de qualidade.
-Aceita bem tinta esmalte a base de água. Ele realmente precisa de tinta.

[b:1f5269d729]Contras:[/b:1f5269d729]
-É feio. O desenho do nariz do bicho não ajuda.
-Tem uma cor amarela esmaecida horrorosa de burro fugido. Pelo menos aceita bem tinta. A TWM bem que podia usar um EPO branco...
-O suporte do trem de pouso é resistente aos pousos normais do handyman, até porque o avião é leve e pousa manso, mas é frágil em tombos ou com uso muito intenso e pode rachar a lateral da fuselagem. Melhor reforçar.
-As entradas de ar são estilosas, mas não são bem-dimensionadas. O speed e a bateria não esquentam, mas o motor esquenta muito. E o mais interessante é que mesmo os motores que aceitam mais potência, rodando com pouca carga, também esquentam. Só pode ser ventilação deficiente.
-O EPO, na minha opinião, é menos bonito na finalização que a balsa com a entelagem. Mas, se um construtor mais habilidoso quiser, pode entelar o EPO tb e aumentar nuns 20g o peso do bicho. Ele aguenta.
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brunollo
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Mensagem por brunollo »

Pessoal, desculpe o tempo que levei para publicar a review do Handyman, tenho trabalhado muito e tido pouco tempo para escrever. De qualquer forma, espero que gostem do review! Quem mais tem o Handyman? E outra pergunta: Posso redigir com facilidade agora reviews do Helios 25e da Hyperion, do Extra 300 EP da TWM e do Sky Walker da TWM. Qual desses vcs preferem? Num segundo momento poderei fazer também a do P5140EP da TWM, do XRay da Seagull e do Sukhoi 31 da Great Planes. Aguardem!
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CONDOR 2
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Mensagem por CONDOR 2 »

Sky Walker da TWM.
Até onde posso vou deixando o melhor de mim...Se alguém não viu foi por falta de amor no coração...ÓIA !!!!!!
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Arthur S. de Almeida
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Mensagem por Arthur S. de Almeida »

Cara seus reviews são muito show! se não ocupasse muito tempo você poderia fazer mais deles, nem se for com aeromodelos emprestados de colegas de pista.
Parabéns.
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Mestre dos magos
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Mensagem por Mestre dos magos »

Tenho um Melting e realmente é muito divertido, só não abuso mais por ser de balsa, agora com esse de EPO dá para escancarar, gostaria de ver o Review do X-Ray da Seagull , parabéns pela iniciativa, esperarei ansiosamente pela próximo.
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brunollo
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Mensagem por brunollo »

Arthur, obrigado pelo elogio! Eu sou jornalista, curto muito escrever mesmo, é outro hobby! Anotei sua sugestão, alguns aeromodelos de amigos também serão testados.
Mestre dos Magos, eu fiquei balançado entre o Melting (e minha preferência pela balsa) e o Handyman, mas quando vi o Handyman de um amigo cair de bico no chão, quebrar inteiro e algum tempo depois voltar a voar com o nariz colado como se nada tivesse acontecido eu fiz minha escolha. Não se preocupe, quando eu montar o Xray da Seagull eu vou testar. Agora estou montando o P51, o XRay será o próximo da lista a ir para a bancada de construção e eu estou animado com ele. Condor, seu voto está anotado. Vamos ver como ficará a votação!
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alexcmag
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Mensagem por alexcmag »

[quote:e7b31293fa="brunollo"]Arthur, obrigado pelo elogio! Eu sou jornalista, curto muito escrever mesmo, é outro hobby! [/quote:e7b31293fa]

Com todo respeito à sua profissão, o fato de ser jornalista não torna um bom escritor, ultimamente não é garantia alguma de nada, infelizmente.

Gostaria muito que houvesse mais jornalistas que realmente gostam de escrever, como você. Com certeza muito do que leio seria muito mais agradável.
Melhorando o mundo... uma linha por vez.
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diego_bf2
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Mensagem por diego_bf2 »

Meu primeiro Handyman foi meu segundo aeromodelo, comprei ele por ser barato e por querer iniciar nas acrobacias aéreas. Com pouco comando eles se torna muito dócil, e aumentando os comandos ele fica muito bom para manobras. Com esse primeiro eu arrisquei bastante, era meio ruim de dedo, lenhei várias vezes, consertava com epoxy e colocava para cima denovo. Foi com ele que aprendi a base de várias manobras.

Quando vi que já estava velhinho demais resolvi comprar outro. Caprichei mais na montagem, fiz um grafismo diferente nele, e como meu dedo já estava mais treinado, ficou sem lenhas por muito tempo. Fiz muitas manobras com ele, aprendi quase todas. Realmente um ótimo funfly, faz harrier, torque roll, faca, hover, parafuso chato, praticamente todas as manobras que um full 3d faz, e ainda por cima voa muito bem com vento forte.

Parabéns pelo texto, ficou muito bom.
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brunollo
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Mensagem por brunollo »

Alex, infelizmente o que vc diz é verdade. Muita gente entra para o jornalismo porque a moda hoje é "comunicar", né? Com internet, vários canais de TV, e a oportunidade de "aparecer", muita gente entra pelos motivos errados na profissão e acaba se frustrando. vejo isso acontecer quase toda semana em redações. Eu tenho muita sorte de ter escolhido uma profissão que me dá verdadeiro prazer, e que talvez por isso me recompense bem também financeiramente. Algumas das minhas melhores e mais marcantes experiências de vida foram graças a essa profissão de "relator da notícia." Momentos como ver na beira do campo o Cruzeiro ser campeão do Brasileiro em 2002, assistir às votações do Mensalão no Plenário da Câmara, conhecer os primeiros Mirage 2000 que chegaram ao Brasil, foram coisas que me marcaram para a vida toda e eu estava lá como testemunha, com a missão de levar aos leitores mais que o que eu via ali, mas também o que eu, um cara normal que calhou de estar na hora certa e no lugar certo, sentia naqueles momentos. Te digo a verdade: ser jornalista de verdade não é escolha, é vocação. É muito bom e às vezes muito desgastante, mas não consigo me ver feliz sendo outra coisa.
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brunollo
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Mensagem por brunollo »

Diego, eu concordo com vc. O Handyman é um daqueles aviões curinga, que companha o aeromodelista por anos. VC chegou a pintar o seu? Eu tenho a ideia de, se eu tiver que comprar outro, pintar ele de amarelo Cub com as faixas triangulares pretas, na padronagem Supercub, sabe? Acho uma pintura simples e atemporal.
Trancado