Kits Mauri - Cessna 182 1200mm e Piper J3 1600mm

Aqui colocamos as fotos da construção de nossos modelos.
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Mauri
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Re: Kits Mauri - Cessna 182 1200mm e Piper J3 1600mm

Mensagem por Mauri »

Laércio,

Sempre que eu, lendo os tópicos aqui do site, me deparo com um post seu, faço questão de os ler com mais atenção, porque, na maioria das vezes, pode-se tirar algo de interessante e proveitoso deles, porem, recentemente, em um tópico desses, li que você recomendou, ou melhor, não recomendou o uso de nenhuma vareta de reforço sequer no estabilizador horizontal feito de material Depron, dando como exemplo um aero que você montou..

Confesso que, depois de ler aquilo, tomei o cuidado em reler novamente para ter certeza que era aquilo mesmo que estava tentando passar ao colega do tópico, e como novamente você vem com essa idéia por aqui que eu até respeito, mas que me permita discordar e muito disso, então uma ou duas vareta de fibra de 2 mm de diâmetro, inserida(s) dentro de um frágil estabilizador de Depron de 460 mm x 4 mm não trás nenhuma resistência útil a peça? É isso mesmo? ?

Em contra partida, a ideia de se colocar os Stays é boa dica e pode ser usada neste caso, acrescentando-se assim um item escala ao modelo, mas o meu ver, mesmo assim deve-se usar pelo menos uma vareta inserida no Depron.

Repare que, no caso do estabilizador horizontal, a ideia não é de travamento total da peça como é feito, por exemplo, nas asas de isopor, onde se coloca duas varetas em paralelo, uma de cada lado, por cima e por baixo, nem daria para se fazer isso alias, por ser o material fino (Depron 4 mm), mas sim de dar uma resistência maior ao conjunto, tornando-o mais rígido e menos propenso a quebras.

E com relação a seu segundo post onde diz que um aero não precisa ser um tanque, eu concordo perfeitamente com isso tanto que em todos os meus tópicos, SEMPRE fiz questão de observar que procuro o menor peso final possível do aero para que possa descontar essa “folga” com uma Setup digamos mais “poderosa” ou com uma bateria maior por exemplo, mas nem por isso posso desprezar alguns reforços que são minimamente necessários.

Ainda em relação ao seu segundo post, especificamente nesse kit de isopor, a sua área alar é enoorme, portanto podendo-se sem problema abusar de algum reforço extra, alem de, no caso desse modelo, ter um nariz relativamente curto, portanto 15 ou 20 grs a mais de varetas colocadas na parte traseira não irá fazer aquela diferença, mesmo sabendo-se que para cada uma grama colocada na traseira da fuselagem, teoricamente tem se que colocar três gramas na frente para se compensar.

Em suma, o camarada gasta uma grana e um tempo enorme para montar um modelo e não faz nenhum reforço sequer nas partes onde se é minimamente necessário devido a uma dica errônea dessa e quando quebra um estabilizador horizontal desse em voo e destroi o aero vai com certeza por a culpa em alguém, quem será??

Abrs.
Editado pela última vez por Mauri em Seg Jun 01, 2015 6:15 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Kits Mauri - Cessna 182 1200mm e Piper J3 1600mm

Mensagem por Wesley_Sniper »

Outro detalhe que deve ser lembrado é que, se a vareta de fibra estiver torta e for colada no estabilizador certamente ele irá ficar torto também...

Com intensão de eficiencia prefiro colocar apenas uma vareta, sendo ela aquela vareta mais grossa e dura(usava na vertical em pipas) que pode ser menor e mais pesada comparadas por unidade, mas fica mais rígido e alinhado.

É a experiência que tive!
:D
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Diego Costa
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Re: Kits Mauri - Cessna 182 1200mm e Piper J3 1600mm

Mensagem por Diego Costa »

De fato, analisando as informações, e com a minha inexperiencia em montagens, existe a possibilidade de eu fazer algo errado adicionando stay na cauda.

De qualquer forma, mesmo correndo o risco de ter um "peso morto" no aero, creio que seja válido inicialmente apenas reforçar o profundor e estabilizador como o Mauri sugeriu, e se durante os testes perceber que há necessidade de maior reforço adicionar o stay.

Agradeço a todos pelas sugestões :-)
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LaercioLMB
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Re: Kits Mauri - Cessna 182 1200mm e Piper J3 1600mm

Mensagem por LaercioLMB »

Mauri escreveu:Laércio,

Sempre que eu, lendo os tópicos aqui do site, me deparo com um post seu, faço questão de os ler com mais atenção, porque, na maioria das vezes, pode-se tirar algo de interessante e proveitoso deles, porem, recentemente, em um tópico desses, li que você recomendou, ou melhor, não recomendou o uso de nenhuma vareta de reforço sequer no estabilizador horizontal feito de material Depron, dando como exemplo um aero que você montou..

Confesso que, depois de ler aquilo, tomei o cuidado em reler novamente para ter certeza que era aquilo mesmo que estava tentando passar ao colega do tópico, e como novamente você vem com essa idéia por aqui que eu até respeito, mas que me permita discordar e muito disso, então uma ou duas vareta de fibra de 2 mm de diâmetro, inserida(s) dentro de um frágil estabilizador de Depron de 460 mm x 4 mm não trás nenhuma resistência útil a peça? É isso mesmo? ?

Em contra partida, a ideia de se colocar os Stays é boa dica e pode ser usada neste caso, acrescentando-se assim um item escala ao modelo, mas o meu ver, mesmo assim deve-se usar pelo menos uma vareta inserida no Depron.

Repare que, no caso do estabilizador horizontal, a ideia não é de travamento total da peça como é feito, por exemplo, nas asas de isopor, onde se coloca duas varetas em paralelo, uma de cada lado, por cima e por baixo, nem daria para se fazer isso alias, por ser o material fino (Depron 4 mm), mas sim de dar uma resistência maior ao conjunto, tornando-o mais rígido e menos propenso a quebras.

E com relação a seu segundo post onde diz que um aero não precisa ser um tanque, eu concordo perfeitamente com isso tanto que em todos os meus tópicos, SEMPRE fiz questão de observar que procuro o menor peso final possível do aero para que possa descontar essa “folga” com uma Setup digamos mais “poderosa” ou com uma bateria maior por exemplo, mas nem por isso posso desprezar alguns reforços que são minimamente necessários.

Ainda em relação ao seu segundo post, especificamente nesse kit de isopor, a sua área alar é enoorme, portanto podendo-se sem problema abusar de algum reforço extra, alem de, no caso desse modelo, ter um nariz relativamente curto, portanto 15 ou 20 grs a mais de varetas colocadas na parte traseira não irá fazer aquela diferença, mesmo sabendo-se que para cada uma grama colocada na traseira da fuselagem, teoricamente tem se que colocar três gramas na frente para se compensar.

Em suma, o camarada gasta uma grana e um tempo enorme para montar um modelo e não faz nenhum reforço sequer nas partes onde se é minimamente necessário devido a uma dica errônea dessa e quando quebra um estabilizador horizontal desse em voo e destroi o aero vai com certeza por a culpa em alguém, quem será??

Abrs.


Por isso mesmo Mauri.
Em estabilizadores menores, o uso de uma vareta de fibra é quase que inútil já que o esforço sobre ele é pequeno e em estabilizadores maiores, apenas uma vareta e nada é a mesma coisa.
Por que isso?
Pegue uma vareta de fibra de vidro que usaria para colar no estabilizador e curve ela. Verá que ela não oferece resistência nenhuma em se curvar.
colando na placa de isopor, faça o mesmo teste, verá que mesmo assim a placa se curva, com um pouquinho mais de força, mas se curva sem nenhum problema.
Agora se você colar duas varetas nessa mesma chapa, uma em cima e outra exatamente em baixo, verá que a chapa não se curva mais e para entender isso, pegue as varetas de fibra de vidro e segure-as com os dedos de forma que fiquem como se fosse uma em cima da outra e tente curvá-las, verá que elas tendem a deslizar uma sobre a outra e a colagem delas na chapa, evita que deslizem e é isso que impede que uma asa se feche ou o estabilizador se feche em voo.
Você sabe que você é o único que eu recomendo os aeromodelos aí da sua região, pois confio na qualidade dos eu trabalho e você sabe que sou exigente em qualidade.
Eu fiz um aeromodelo P-51 em depron e os estabilizadores dele são em depron 5mm e não usei varetas de vibra como reforço, mas se eu fizesse uma cavidade em cima e outra em baixo até 1/3 de cada lado da envergadura do estabilizador, poderia sim ter usado duas varetinhas de fibra de vidro, mas não eram necessárias e só serviriam para dar peso na cauda, pois a cola também conta como peso e cada grama a mais na cauda, significam muitos gramas a mais no nariz para compensar.
Os stays conforme mostrados na foto, além de parecer mais com o original em detalhes, só irá cola nas pontas das varetas, onde um pequeno furinho no depron para encaixar a vareta já são o suficiente.
Pode-se colocar um pedacinho bem pequeno de lâmina de madeira para impedir que a vareta fure o depron em caso de algum impacto acidental.
Como o modelo tem uma enorme área alar, o peso pode ser compensado com uma bateria maior ao invés de reforços, pois com muitos reforços, o peso aumenta e a bateria tem que ser menor e o tempo de voo será menor, mas com o pouco peso da construção, poderemos exagerar no peso da bateria para compensar lastro e com isso, aumentar consideravelmente o tempo de voo que poderá passar dos 10 minutos normais da maioria, indo até uma hora de voo direto, pois compensamos o menor peso da construção, com o peso da bateria.
As varetas colocadas no estabilizador como você sugeriu, certamente iriam impedir dos estabilizadores virem a quebrar, mas não impediriam de um possível flutter que é mostrado com detalhes no vídeo abaixo.



As varetas dispostas somente sobre a chapa do depron, não iriam impedir o flutter igual ao do vídeo, por isso os stays são usados e por isso é que eu falei que se fossem eficientes, alguns aviões não usariam os stays, bastariam longarinas mais reforçadas, pois como pode notar, os stays são usados em aviões na qual os estabilizadores não possuem perfil, pois os que tem perfil, as longarinas possuem a estrutura ideal para evitar o flutter.

Se não fosse o flutter, somente as varetas coladas sobre a chapa seriam o suficiente para os estabilizadores não quebrarem.

Um flutter pode deixar o aeromodelos em comando de pronfudor e ocasionar uma queda por isso.
Se eu não tivesse recomendado nada nesse caso, aí sim eu estaria criando um problema, mas sugeri os stays no grupo de causa para evitar o flutter devido a grande área dos estabilizadores.
Imaginem em mergulho os estabilizadores entrarem em flutter, como recuperar do mergulho?
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Re: Kits Mauri - Cessna 182 1200mm e Piper J3 1600mm

Mensagem por Diego Costa »

Galera, uma duvida sobre escalas.

"Quando dizemos que um desenho ou modelo está na escala 1:8, queremos dizer que todas as dimensões lineares do objeto real foram divididas por 8 (1/8 - um oitavo). Quanto maior a escala, ou seja, quanto maior a relação referente a um, menor será o modelo em relação ao original."

Considerando meu Cessna com envergadura 1,2mt, em relação ao original que possui 11mt, fui tentar calcular a escala dividindo a medida real pela medida do aeromodelo, supostamente o meu aero é 9,16x menor que o original, o que teoricamente daria uma "escala 1:9". Devo considerar esse valor pra pesquisar as peças pro aeromodelo, ou seria mais prudente "arredondar" a escala pra 1:8 ou 1:10??

Estou pesquisando por spinners, trem de pouso, rodas e etc, mas estou com essa pequena dificuldade pra definir a escala do aeromodelo e consequentemente as peças que utilizarei pra não ficarem "desproporcionais". Creio que meu calculo esteja correto, mas gostaria do posicionamento dos amigos para confirmar e/ou corrigir meus calculos.

PS: pretendo tbm criar no photoshop a adesivação que farei no Cessna, como o programa dá opção de colocar a escala em centimetros vou simular o tamanho do aeromodelo, e em cima disso criar a arte que será aplicada na fuselagem. A vantagem é que dá pra gerar em PNG (fundo transparente), depois é só ver onde posso imprimir como adesivo tipo "plotter".

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LaercioLMB
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Re: Kits Mauri - Cessna 182 1200mm e Piper J3 1600mm

Mensagem por LaercioLMB »

Está aprendendo direitinho o mundo dos aeromodelos escala.
É isso mesmo, eu geralmente faço todos os meus modelos na escala 1:8 (um pra 8)( termo escala em engenharia é assim que se usa), mas uso isso para ver tudo o que irei comprar em relação ao modelo original para ficar tudo nas proporções corretas.
Lógico que na construção não podemos seguir a escala fielmente, pois estamos reduzindo a escala do modelo, mas não o meio onde ele se desloca, como por exemplo, não estaremos reduzindo a densidade do ar a 1:8, por esse motivo é que não se deve usar desenhos em 3 vistas para fazer um aeromodelo, pois o desenho em 3 vistas é um desenho do modelo original em uma escala menor.
Já cometi esse erro de fazer um aeromodelo em escala 1:8 seguindo a planta do original e me ferrei, o aeromodelo ficou com pouco comando de ailerons, quase nem respondia aos comandos e tive que aumentar a área dos ailerons par compensar isso.
A hélice de um Cessna 182 varia entre 78" e 80" (" = polegadas) e na escala 1:8, de 80 polegadas teremos uma hélice de 10 polegadas e não é à toa que precisa de uma hélice assim, pois olhem as dimensões da fuselagem, bem robusta e larga na frente para a entrada de ar do radiador do motor e uma hélice menor iria perder eficiência, sem contar a velocidade necessária e o empuxo para vencer o arrasto dele ou acham que o empuxo do motor de um Cessna 182 é igual ou maior do que o peso dele?
Rodas eu faço a mesma coisa e o Cessna 182 usa pneus 600 - 6 e como não sei exatamente a medida da circunferência desse pneu, eu pego uma imagem de vista lateral de um Cessna 182, vejo quanto mede na tela do computador o comprimento da fuselagem e vejo em que escala aquela foto está em relação ao comprimento real do Cessna 182 e sabendo em que escala está a foto, meço o diâmetro do pneu da foto e multiplico pela escala e tenho o diâmetro aproximado do pneu real do Cessna 182 e tendo essa medida, eu divido por 8 se for escala 1:8 e saberei qual é o diâmetro de roda mais aconselhado para o modelo que estou construindo.
Veja como exemplo o Bristol Scout D que estou construindo na escala 1:8 que ficou com 936 mm de envergadura.
A maioria coloca rodinhas de 40 a 45 mm de diâmetro, pois é um aeromodelo pequeno, então querem botar rodinhas pequeninas nele, mas para a escala do meu, precisei comprar rodas de 80 mm de diâmetro, teriam que serem um pouco maiores, mas não tinha maior o tipo de roda que eu precisava a não ser já para a escala 1:6, o que ficariam muito maiores do que o necessário e inviáveis então.
Olhem a diferença só em tamanho de rodas, o que fica mais harmonioso, as rodinhas compradas a moda miguelão sem noção ou as rodas compradas pensando nas proporções reais do aeromodelo.
E olhem o diâmetro da hélice a ser usada, uma de 12 polegadas e a maioria usa uma hélice de 7 polegadas em um aeromodelo desse tamanho e a escala onde é que fica?


Essas são as rodas
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Aqui como elas ficaram depois com as calotas instaladas
20150503_141501.jpg
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PS: Não deem bola para a plateia atrás do Bristol pois isso é coisa da DAC já que a minha oficina é no quarto de visitas KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK e o Bristol está em cima da cama que é praticamente a minha bancada KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
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Re: Kits Mauri - Cessna 182 1200mm e Piper J3 1600mm

Mensagem por Diego Costa »

Pô Laércio, não tem como não aprender, a cada dúvida que eu posto recebo literalmente uma AULA COMPLETA da galera que tem me ajudado, melhor que isso só se for na base do "entendeu ou quer que eu desenhe?" hahahaha

Aliás, pensei que eu fosse o unico que usava fotos pra simular/encontrar medidas hahahahaha. Mas no caso de aeromodelos fiquei receoso, justamente pelo fato de qualquer "erro" colocar todo o trabalho por água abaixo, por isso resolvi consultar vcs antes, pra ver se eu estava no caminho certo, pois embora muitas coisas teoricamente pareçam simples, nem sempre são tão "óbvias". A exemplo do que vc falou outro dia, sobre a area da asa presa à fuselagem não contabilizar na hora de calcular a carga alar, então fico inseguro em fazer algo por conta propria.

Enfim, não vou seguir fielmente a escala, não só por falta de habilidade, mas por já ter lido essa recomendação muitas vezes devido a "n" fatores que tornam isso inviável, como vc citou dos ailerons, por exemplo, o comportamento de uma miniatura nunca será como o modelo original por motivos óbvios.

Inclusive eu queria ajuda com cálculos, mas vc indiretamente já me deu logo o resultado pronto, quando mencionou sobre a helice do Cessna em escala 1:8 hahahaha. Como o meu está pouquissima coisa menor que a escala 1:8, as helices tripá que mencionei no outro post estão dentro da proporção, tanto na parte estética quanto na questão do dimensionamento da carga x motor. :mrgreen:

Sobre o Bristol, gostei das rodas maiores que escolheu, se vc não dissesse que as rodas deveriam ser ainda maiores eu nem teria percebido, pra mim parceram bem adequadas e sem exagero :D

No mais, fico feliz em saber que eu esteja aprendendo e (pelo menos por enquanto) seguindo no caminho certo, principalmente a ajuda da galera aqui do fórum tem sido fundamental. Muito obrigado mais uma vez, Laércio 8)
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Mauri
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Re: Kits Mauri - Cessna 182 1200mm e Piper J3 1600mm

Mensagem por Mauri »

Diego Costa escreveu:
Oi Mauri. Grato pela sugestão :-)

Não sei se é excesso de preocupação minha, mas a principio pensei mesmo em fazer alguns reforços, embora eu saiba que alguns são "desnecessários", por exemplo, adicionar mais 1 par de varetas de fibra no meio da asa (uma em cima e outra embaixo), entre as duas que já vieram com os cortes predefinidos.

Pensei em reforçar o aileron com pelo menos 1 pedaço de vareta tbm, pelo menos no local onde fixarei o horn. Seria exagero?

Atualizando:

- Adquirido Cessna 182 1200mm. Vou pagar hoje, creio que chegará ainda essa semana :D
- Adquirido balança de precisão SF400 (de 1g à 10Kg). Tava precisando, a padaria aqui do lado se negou em fazer a pesagem, e eu não tinha nenhuma balança :mrgreen:
- Encontrei aqui perto de casa um pessoal que trabalha com instalação de vidros/box, eles tem um tipo de "cantoneira" de aluminio que, pelo que vi, é bem leve e resistente, creio que dará pra usar como trem de pouso tanto no Piper como no Cessna. :P

Já estou me programando pra adquirir o restante dos itens necessários. Preciso ainda sanar algumas duvidas, mas creio que hoje já vou conseguir adiantar algumas coisas na montagem do Piper :-)



Olá Diego,

Desculpe, não tinha reparado essas perguntas nesse post ainda por isso não o respondi, vamos lá:

A asa do protótipo desse kit ficou um bom tempo com uma bateria de 2.5 quilos em cima e não sofreu nenhuma quebra ou deformação, veja a foto:



Sinceramente não vejo essa necessidade, mas se mesmo assim não se sente seguro, coloque a vareta a mais que deseja no centro, não vejo maior problema no caso desse kit.

Coloque sim um pequeno pedaço de vareta na linha do horn, irá ajudar a dar um reforço melhor a essa área, procure também colocar o servo no meio do aileron, assim exercerá os movimentos mais simetricamente.

Depois coloque uma foto dessa cantoneira que comentou para que possa dar uma opinião melhor ok!

Abrs.
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Re: Kits Mauri - Cessna 182 1200mm e Piper J3 1600mm

Mensagem por Mauri »

LaercioLMB escreveu:
Por isso mesmo Mauri.
Em estabilizadores menores, o uso de uma vareta de fibra é quase que inútil já que o esforço sobre ele é pequeno e em estabilizadores maiores, apenas uma vareta e nada é a mesma coisa.
Por que isso?
Pegue uma vareta de fibra de vidro que usaria para colar no estabilizador e curve ela. Verá que ela não oferece resistência nenhuma em se curvar.
colando na placa de isopor, faça o mesmo teste, verá que mesmo assim a placa se curva, com um pouquinho mais de força, mas se curva sem nenhum problema.
Agora se você colar duas varetas nessa mesma chapa, uma em cima e outra exatamente em baixo, verá que a chapa não se curva mais e para entender isso, pegue as varetas de fibra de vidro e segure-as com os dedos de forma que fiquem como se fosse uma em cima da outra e tente curvá-las, verá que elas tendem a deslizar uma sobre a outra e a colagem delas na chapa, evita que deslizem e é isso que impede que uma asa se feche ou o estabilizador se feche em voo.
Você sabe que você é o único que eu recomendo os aeromodelos aí da sua região, pois confio na qualidade dos eu trabalho e você sabe que sou exigente em qualidade.
Eu fiz um aeromodelo P-51 em depron e os estabilizadores dele são em depron 5mm e não usei varetas de vibra como reforço, mas se eu fizesse uma cavidade em cima e outra em baixo até 1/3 de cada lado da envergadura do estabilizador, poderia sim ter usado duas varetinhas de fibra de vidro, mas não eram necessárias e só serviriam para dar peso na cauda, pois a cola também conta como peso e cada grama a mais na cauda, significam muitos gramas a mais no nariz para compensar.
Os stays conforme mostrados na foto, além de parecer mais com o original em detalhes, só irá cola nas pontas das varetas, onde um pequeno furinho no depron para encaixar a vareta já são o suficiente.
Pode-se colocar um pedacinho bem pequeno de lâmina de madeira para impedir que a vareta fure o depron em caso de algum impacto acidental.
Como o modelo tem uma enorme área alar, o peso pode ser compensado com uma bateria maior ao invés de reforços, pois com muitos reforços, o peso aumenta e a bateria tem que ser menor e o tempo de voo será menor, mas com o pouco peso da construção, poderemos exagerar no peso da bateria para compensar lastro e com isso, aumentar consideravelmente o tempo de voo que poderá passar dos 10 minutos normais da maioria, indo até uma hora de voo direto, pois compensamos o menor peso da construção, com o peso da bateria.
As varetas colocadas no estabilizador como você sugeriu, certamente iriam impedir dos estabilizadores virem a quebrar, mas não impediriam de um possível flutter que é mostrado com detalhes no vídeo abaixo.

As varetas dispostas somente sobre a chapa do depron, não iriam impedir o flutter igual ao do vídeo, por isso os stays são usados e por isso é que eu falei que se fossem eficientes, alguns aviões não usariam os stays, bastariam longarinas mais reforçadas, pois como pode notar, os stays são usados em aviões na qual os estabilizadores não possuem perfil, pois os que tem perfil, as longarinas possuem a estrutura ideal para evitar o flutter.

Se não fosse o flutter, somente as varetas coladas sobre a chapa seriam o suficiente para os estabilizadores não quebrarem.

Um flutter pode deixar o aeromodelos em comando de pronfudor e ocasionar uma queda por isso.
Se eu não tivesse recomendado nada nesse caso, aí sim eu estaria criando um problema, mas sugeri os stays no grupo de causa para evitar o flutter devido a grande área dos estabilizadores.
Imaginem em mergulho os estabilizadores entrarem em flutter, como recuperar do mergulho?



Fala Laércio,

Estamos falando de praticamente a mesma coisa e temos os mesmos conceitos e idéias sobre o assunto, mas acho que sou eu que não estou conseguindo explicar o ponto onde estou divergindo de você, então vou tentar novamente.

A sua colocação sobre flutter é perfeita, porem a preocupação aqui não é em relação a isso, veja que estamos em um tópico de um Piper e não de um Pylon ou um jato, onde o amigo procura ter um vôo lento, tranqüilo tipo parecido com o avião real, já tínhamos conversado isso em troca de E-mails e por isso ele optou por esse modelo.

Quando aconselhei sobre a colocação das varetas nos estabilizadores, foi em relação a essas partes terem algum reforço mecânico extra, eu sei que mesmo assim, essas partes ainda ficarão meio que flexíveis, um pouco menos mais ainda ficarão, para tentar exemplificar melhor, pegue ou imagine dois estabilizadores de depron, sendo um com uma ou duas varetas inseridas dentro e o outro sem nada, só o depron e tende envergá-los, para cima ou para baixo, tanto faz, até suas extremidades se encontrarem, Qual deles achas que ira quebrar e qual não? É esse o tipo de reforço a que me refiro.

Isso sem falar que o depron é um material que sofre alterações se tornando seco e quebradiço com o passar do tempo.

Outro exemplo pratico pode ser visto no vídeo abaixo, assista-o com o som, esse vídeo é do tempo em que eu comecei a fazer os primeiros kits, a idéia foi tentar conhecer o limite do material e os reforços que deveriam ser colocados nos outros modelos futuros, então peguei um Stick normal, sem nenhum reforço extra alem dos que já eram do kit como, 1 vareta por cima e por baixo na asa, 1 vareta no estabilizador horizontal e outra no vertical e substitui a Setup original dele por uma de Pylon, nesse dia eu tentei ao máximo destruí-lo, na verdade eu queria mesmo é ver ele se desintegrar em pleno voo, o estabilizador horizontal vibrava e muuito e o vertical um pouco menos, dava para ver a olho nu, mas infelizmente na hora, o amigo que filmava não teve a percepção de dar um zoom na câmera para pegar esse detalhe, mas é perfeitamente possível ouvir os estabilizadores vibrando nas passagens, pois eu tenho certeza que se as varetinhas de fibra não estivessem lá exercendo sua função, o aero não teria passado da primeira acelerada e arrancado essa ou essas partes, eu só fui conseguir, no fim de semana seguinte, pois usei uma 4s no lugar da 3s foi fechar a asa e arrancá-la da fuselagem, na primeira passagem, só foi o charuto indo embora, foi lindo rsrs..Porem, nesse dia não foi filmado :(

https://www.youtube.com/watch?v=SAOz426AZrY

Então, por isso que, neste caso, falo com alguma certa propriedade, porque testei isso na pratica.

Espero ter sido mais bem compreendido dessa vez.

A propósito, belíssimo o Bristol! Seremos agraciados com um tópico dele por aqui? Eu estou retornando ao "mundo maravilhoso" das construções em balsa também.

Abrs.
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Re: Kits Mauri - Cessna 182 1200mm e Piper J3 1600mm

Mensagem por Mauri »

Diego,

Assim como disse o Laércio,o método que esta usando para escalonar e saber as medidas dos acessórios esta correto, nesse modelo eu usei Spinner de 45 mm e rodas de 50 mm, faça seus cálculos ai e depois nos diga se é isso mesmo ou pelo menos próximo ok!
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