NEIVA P56-E Paulistinha, em balsa

Aqui colocamos as fotos da construção de nossos modelos.
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nelson161
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NEIVA P56-E Paulistinha, em balsa

Mensagem por nelson161 »

A poucos dias atrás, arrumando um balcão na loja de minha mãe, numa das laterais, encontrei um velho desenho que fiz a lápis, já meio apagado, de um avião onde ainda se lê o prefixo, PP-GVM.
Este desenho retratou uma passagem da minha infância.
Na semana do dia da criança de 1971, num piquenique da escola, no Palácio das Hortênsias, que fica ao lado do Aeródromo Municipal, avistamos um avião pousando. Convencemos a professora a nos levar para olharmos “um avião” de perto. Lembro que era um avião amarelo e que sobrevoava nossa cidade com frequência.
Chegamos ao aeródromo e o piloto, gentilmente, convidou a professora para um pequeno voo. Na volta, ofereceu outro passeio para o ‘melhor’ aluno da turma, que teve medo e não foi. Com a desistência foi feito um sorteio. Com certeza eu não tinha as melhores notas, mas era o mais sortudo.
Pesquisei no site da ANAC (http://www2.anac.gov.br/aeronaves/cons_rab.asp). Descobri que era um Neiva P-56 C do Aeroclube de Novo Hamburgo e que atualmente está desativado. Também encontrei duas fotos do PP-GVM no site do aeroclube e que copiei para meus arquivos.
Vendo as fotos do Paulistinha no site do aeroclube bateu um “saudosismo” dos tempos de criança e resolvi fazer este aeromodelo e que pretendo fazer com as mesmas cores e prefixo.

Crop da foto do Aeroclube de Novo Hamburgo.

[img:4ab82182ae]http://img832.imageshack.us/img832/5789/ppgvmneivap56cpaulistin.jpg[/img:4ab82182ae]

Bom. Não houve um P56 D, mas vou batizar o meu de P-56 E, de elétrico.
____________________
A distância de decolagem e aterrissagem não deve exceder a extensão da pista.
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Gilberto
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Mensagem por Gilberto »

Essa história de saudosismo é muito legal, dá uma satisfação boa.
Tenho certeza de que você vai gostar muito de fazê-lo.
Continue postando o processo de construção.

Depois, eu, particularmente, gosto muito de ver prestigiada a indústria aeronáutica brasileira.
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Gilberto
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Mensagem por Gilberto »

Nelson, o Mac2 disponibilizou a fonte para as letras dos prefixos na sua postagem em http://www.e-voo.com/forum/viewtopic.php?t=143217&postdays=&postorder=asc&start=25

Poderá ser útil.
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nelson161
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Mensagem por nelson161 »

Obrigado pela dica, Gilberto. Este tipo é bem fácil de fazer e como vou recortar em vinil vou usar o que já desenhei na planta, devido a escala.
Eu também gosto da aviação nacional e já tenho alguns aviões mais modernos em mente.
Quando achei meu desenho fiquei muito emocionado por lembrar de algo quando tinha 8 anos de idade. Já se passaram 41 anos.

Abraço.
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nelson161
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Mensagem por nelson161 »

Um pouco de história.

Extraído na íntegra de [url]http://www.aviacaopaulista.com/aeronaves/paulistinha.htm[/url]
Espero não estar infringindo nenhum direito autoral.

[b:d2e35916fe]O Paulistinha[/b:d2e35916fe]
O avião mais popular do Brasil

01/01/2008
([b:d2e35916fe]Valdemar Júnior[/b:d2e35916fe]) - O projeto do famoso Paulistinha teve início com a fundação da Empresa Aeronáutica Ypiranga (EAY), criada em 1931 por Fritz Roesler, Orthon W. Hoover e Henrique Santos Dumont, sobrinho de Alberto Santos Dumont.

Foto: Valdemar Júnior
[img:d2e35916fe]http://www.aviacaopaulista.com/museu_tam/m121006_83.jpg[/img:d2e35916fe]

A Ypiranga iniciou suas atividades fabricando os planadores EAY-101, os primeiros projetados no Brasil, e em 1934 iniciou os projetos para a construção do EAY-201 Ypiranga.

Inspirado no norte-americano Taylor Cub, o EAY-201 fez seu primeiro vôo em 1935, inicialmente com o motor francês Salmson 9 AD radial, de apenas 40 hp e, posteriormente, com o motor Franklin de 65 hp, que giravam uma hélice de madeira. Além dessa mudança, o Ypiranga primitivo recebeu ainda a porção traseira da fuselagem.

O último EAY-201 Ypiranga a voar foi o PP-TJR, que foi transladado do Campo de Marte, em São Paulo, para o Campo dos Afonsos, no dia 10 de dezembro de 1970, pelo Comandante Lucy Lúpia Pinel Balthazar, e hoje se encontra exposto no Museu Aeroespacial, da FAB, Força Aérea Brasileira.

O acervo do Museu Asas de Um Sonho, da TAM Linhas Aéreas, localizado em São Carlos, conta com um EAY-201 Ypiranga. Esta aeronave nunca voou e serviu de peça de decoração dos jardins da residência do senhor Francisco “Baby” Pignatari até os anos 1990, quando foi comprada por Odemar Rodriguez, que evitou o sucateamento do avião e o doou à Fundação EducTAM, que o restaurou sem o revestimento, para fins didáticos.

Em 1942, a Ypiranga foi vendida para a Companhia Aeronáutica Paulista (CAP), fundada no mesmo ano, e de propriedade de Francisco “Baby” Pignatari, que se tornou proprietária do projeto e do protótipo do EAY-201 Ypiranga. A CAP aperfeiçoou o EAY-201 Ypiranga e o renomeou CAP-4 Paulistinha.


O CAP-4

Fundada em 1942, em Santo André, a Companhia Aeronáutica Paulista designou os engenheiros Romeu Corsini, Clay Presgrave e Adonis Maitino para modificarem o EAY-201 Ypiranga, o que foi feito em 10 meses e dez dias, e no dia 2 de abril de 1943, a aeronave voou pela primeira vez.

O primeiro CAP-4, que lembrava o norte-americano Piper J-3, era um avião biplace, de asa alta, feito em estrutura tubular de aço, entelado, e tinha uma sapata no lugar da bequilha, na cauda, o que foi modificado em seguida. O motor utilizado foi o Franklin de 65 hp, que girava uma hélice de madeira desenvolvida pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), de São José dos Campos.

Foram fabricados 777 CAP-4 Paulistinha de 1943 até 1949. Mais de 20 mil pilotos foram tiraram o brevê nessa aeronave, que tinha como principais atrativos a segurança e o baixo custo operacional, e por isso, foi escolhida pela Campanha Nacional de Aviação, liderada pelo Ministro da Aeronáutica, Slagado Filho, durante o governo de Getúlio Vargas, quando apenas 189 aviões estavam registrados, sendo que apenas 100 voavam.

Foto: Valdemar Júnior
[img:d2e35916fe]http://www.aviacaopaulista.com/museu_tam/m121006_79.jpg[/img:d2e35916fe]

Para se ter uma idéia da popularização do avião, em 1943 era fabricado um CAP-4 Paulistinha por dia, e quase todas as partes do avião eram manufaturadas no Brasil, exceto o motor.

Apoiada pelos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, a Campanha Nacional de Aviação conseguiu recursos para comprar os aviões e, posteriormente, doá-los aos aeroclubes. O slogan da campanha era: “Dê Asas ao Brasil”. Os métodos de Chateaubriand eram no mínimo estranhos, mas o resultado foi impressionante, já que em 1946 havia 963 aeronaves registradas, sendo que 800 foram doadas durante a campanha, que terminou em 1949, depois de criar mais de 300 aeroclubes. Outros CAP-4 voaram na Marinha, anteriormente à criação da FAB (Força Aérea Brasileira).


O Neiva P-56

Em 1952, o Ministério da Aeronáutica encomendou um lote de 80 Piper PA-18, muito parecido com o CAP-4, nos Estados Unidos.
Incentivado pela atitude do governo brasileiro, no dia 2 de outubro de 1954, quando já não existia a CAP, José Carlos de Barros Neiva criou a Sociedade Aeronáutica Neiva, na cidade do Rio de Janeiro, onde fabricava os planadores de madeira Neiva B Monitor, usados para instrução de vôo, e os BN-2, de competição.

Pouco tempo depois, a Neiva foi transferida para Botucatu, e negociou os direitos industriais do CAP-4 com o Ministério da Aeronáutica. José Carlos modificou o avião reposicionando o tanque e a seletora de combustível, que rcebeu uma proteção para evitar o fechamento acidental, e alterando as portas da cabine, as janelas, o capô do motor e os instrumentos, além de utilizar um propulsor mais potente, um Lycoming de 100 hp, e o batizou P-56 (P de Paulistinha e 56 do ano do projeto - 1956).

Para motorizar o P-56, a Neiva adotou o Continental C90 8F, de 90 hp, mas como não foi possível adquiri-lo no Brasil, utilizou o Continental C90 14F, também de 90 hp, mas que tinha partida elétrica, e mudou o sistema para manual para certificá-lo em 1957. Em setembro do mesmo ano, o Ministério da Aeronáutica fez uma encomenda de 19 P-56, que receberam os motores Lycoming O235B, de 100 hp, de propriedade do governo brasileiro, e a Neiva o designou P-56B.

Com a aquisição dos motores Continental C90 8F, de 90 hp, a Neiva homologou o P-56C (C de Continental) em 1960. Em seguida, o fabricante criou os modelos P-56B1, que recebeu um motor Lycoming de 115 hp, utilizado para pulverização de lavouras, e o P-56C1, que recebeu o motor Lycoming O320, de 150 hp, e foi usado como rebocador de planadores.

Foram fabricados cerca de 260 Neiva P-56 Paulistinhas. A maioria foi comprada pelo Ministério da Aeronáutica e doada aos aeroclubes, que, posteriormente, venderam alguns modelos a pilotos particulares, e outros, chegaram a voar até na FAB.


Foto: Rodrigo Zanette
[img:d2e35916fe]http://www.aviacaopaulista.com/broafly-in/2007/260507/260507_18.jpg[/img:d2e35916fe]


[b:d2e35916fe]FICHA TÉCNICA

EAY-201 Ypiranga
Fabricante: Empresa Aeronáutica Ypiranga
País de origem: Brasil
Comprimento: 6,45 m
Envergadura: 10,10 m
Lugares: 2 (em tandem)
Velocidade de cruzeiro: 119 Km/h
Velocidade máxima: 142 Km/h
Motor: Salmson 9 AD radial, de 40 hp e Franklin de 65 hp


CAP-4 Paulistinha
Fabricante: Companhia Aeronáutica Paulista
País de origem: Brasil
Comprimento: 6,65 m
Envergadura: 10,10 m
Altura: 1,95 m
Lugares: 2 (em tandem)
Velocidade de cruzeiro: 140 km/h
Velocidade máxima: 155 km/h
Motor: Continental A-65 de 65 hp


P-56 Paulistinha
Fabricante: Indústria Aeronáutica Neiva
País de origem: Brasil
Comprimento: 6,76 m
Envergadura: 10,76 m
Altura: 2,08 m
Lugares: 2 (em tandem)
Velocidade de cruzeiro: 80 mph
Velocidade máxima: 93 mph
Distância de decolagem: 285 m
Distância de pouso: 250 m
Autonomia: 4h30min
Capacidade dos dois tanques: 92 litros
Motor: Continental C90 8F, de 90 hp, Continental C90 14F, também de 90 hp, Lycoming O235B, de 100 hp, Lycoming de 115 hp e Lycoming O320, de 150 hp[/b:d2e35916fe]
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Mensagem por nelson161 »

Também fiz esta planta. É semi-escala e é para ser 1/8, aproximadamente.
Digo aproximadamente porque encolhe de um lado e estica de outro para ficar 'manobrável'.

[img:d31548d85c]http://img24.imageshack.us/img24/9659/neivap56paulistinha.jpg[/img:d31548d85c]

Agora que postei a foto vi que esta é uma versão anterior. A que estou construindo tem algumas alterações e já estão surgindo mais algumas.
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Mensagem por nelson161 »

Nesta construção usarei a cola PUR, da Amazonas. Fiz uns testes e me agradei. Fica mais leve que a de PVA.
Claro que também usarei cianoacrilato para fazer uns "pingos" enquanto a PUR cura e PVA, quando necessário.

Nesta caverna vê-se que esta cola ao contato com o ar expande preenchendo os espaços vazios formando uma espuma.

[img:22f29b585d]http://img844.imageshack.us/img844/5513/121127005bresized.jpg[/img:22f29b585d]
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Mensagem por nelson161 »

Hoje estava quente e trabalhei sob a sombra de uma árvore nos fundos de casa.


[img:b46dbfb3e8]http://img267.imageshack.us/img267/6562/121129001bresized.jpg[/img:b46dbfb3e8]

[img:b46dbfb3e8]http://img571.imageshack.us/img571/8883/121129002bresized.jpg[/img:b46dbfb3e8]
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Mensagem por nelson161 »

Minha base de corte em vidro temperado, daquelas usadas para cortar carne. Muito bom para cortar e é barata. Infelizmente não tem branca ou verde, muito menos quadriculada.

[img:92c4d321c5]http://img845.imageshack.us/img845/5201/121129003bresized.jpg[/img:92c4d321c5]

[img:92c4d321c5]http://img842.imageshack.us/img842/1086/121129005bresized.jpg[/img:92c4d321c5]

[img:92c4d321c5]http://img266.imageshack.us/img266/71/121129006bresized.jpg[/img:92c4d321c5]

Por hoje é só pessoal.
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Gilberto
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Mensagem por Gilberto »

Excelente, aeromodelos em escala precisam de mudanças para poderem voar melhor.

1,34m de asa, qual é a sua expectativa de peso e que motorização pretende usar?
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