Das Ugly Stik - 58 anos do Clássico - .61 Glow/

Aqui colocamos as fotos da construção de nossos modelos.
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Andre Mauricio
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

Havia iniciado a construção do estabilizador vertical e leme, mas achei o resultado péssimo. Tentei corrigir com alguns reforços de fibra de vidro, mas achei melhor jogar fora e refazer seguindo exatamente como traz a planta.




Como já havia cortado a planta, precisei juntar os cacos e usar como base para desenhar novamente.





As duas peças em comparação.


O estabilizador horizontal teve processo muito semelhante. Ambas as peças serão chapeadas com balsa 1mm. Se fosse um park flyer, deixaria nessa estrutura varetada sem nenhuma preocupação, mas num avião desse tamanho seria inconsequência minha.


Estou fazendo a união das chapas com cola amarela (Titebond Ultimate III). Deixo secando com um peso por cima para evitar colagens tortas e empeno. Deixo uma folha de celofane (papel filme) entre as duas chapas para evitar que colem uma na outra.


As chapas de 1mm para o leme estão praticamente prontas. Infelizmente minha cola para madeira acabou, mas na próxima semana já deve chegar um novo frasco da Ultimate III.


Já está ficando com cara de avião.


Quero destacar duas ferramentas. Ano passado, andando pela Leroy Merlin, encontrei um taxo de lixa excepcional. Infelizmente o perdi e precisei comprar um novo, mas vale a pena. Falo com tranquilidade que é uma das melhores ferramentas que já tive.


Gosto muito de usar as famosas Stabilo para marcar a madeira mas, recentemente, descobri os marcadores técnicos. Por terem pontas muito mais finas, são muito mais precisos. Estou com um 03 e um 01, não abro mão deles para desenhar na madeira.
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Andre Mauricio
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

A asa original do Stik tem algumas características que não me agradam.

A construção estilo "caixa aberta" demanda nervuras mais complexas e corte de mais estruturas, o que aumenta as chances de erros de construção. Além disso, o próprio Phil chegou a citar a possibilidade de torção de asa durante a entelagem. Outra questão é a previsão de apenas um servo para os dois ailerons; eu tenho ódio de ailerons com apenas um servo, ou ligados com extensão Y, é uma dor de cabeça trimar esses aviões :evil: E, por último, asa inteiriça vai dar um trabalho enorme para transportar. Há algum tempo construí um stick de depron com 170cm de envergadura e asa inteiriça e era um pesadelo transportar isso dentro de um Fiesta hatch; preciso fazer essa asa baionetada.

Já fiz todas essas alterações em um outro Stik que construí ano passado (viewtopic.php?f=1&t=184000). Cometi alguns erros que pretendo corrigir nesta construção, mas aquela asa nunca teve problema estrutural, e olha que não tenho dó de avião :lol:

O primeiro passo foi redesenhar a planta. As dimensões são exatamente as mesmas da planta original, apenas reorganizei as estruturas conforme a necessidade, inclusive o número de nervuras é o mesmo. Me baseei nas asas da Flying Circus para posição de nervuras, longarinas e servos, e também proporção da baioneta.



Organizei tudo meio torto só para ter uma noção do tamanho do avião pronto. Será um pouco mais comprido com o motor e o spinner, inclusive comprei um montante que deve chegar esta semana, tô ansioso para colocar o motor no lugar. Coloquei, em frente ao nariz, algumas varetas de 1m de comprimento para comparação. Não é um monstro de avião como o Tractor 90, mas é consideravelmente grande, já impõe respeito :lol:


As nervuras também precisaram de alteração. O perfil será exatamente o mesmo, mas precisei alterar a estrutura das nervuras. Alterei o desenho original, transferi do papel para o vinil, colei o vinil em uma chapa de acetato e cortei, esse foi o molde para desenhar as 18 nervuras na madeira (16 em balsa, 2 em compensado). Esse processo já havia sido feito anteriormente, mas achei melhor inserir agora para construir uma sequência lógica :wink:




Prossegui para o corte das nervuras. Pensei que levaria muitas horas cortando, mas no fim das contas demorei 1h40min para fazer todos os cortes.


Com ferro de solda, fiz dois furos em cada nervura: um no bordo de ataque, outro no bordo de fuga. Esses furos serviram como guias para alinhá-las. Para lixar as cavidades das longarinas, utilizei uma vareta de madeira pinus (um pouco mais fina que a longarina) com uma tira de lixa grão 100 colada com C.A.



Com o taco e lixa de grão 100 comecei a nivelar todas as nervuras. Pintei as longarinas para saber se estava as desbastando ou não, o que me indicaria a necessidade de aprofundar ainda mais a inserção delas. No fim do processo, havia removido bastante tinta das longarinas inferiores e quase nada da superior. Precisei dar um retoque, mas resolvi rápido.



Para facilitar esse processo de nivelamento com lixa, deixei o bordo de fuga terminando em "zero", com a ponta fina. Obviamente, não poderia permanecer assim, me traria alguns problemas com os ailerons no decorrer da construção. Posteriormente fiz um corte e nivelei com lixa para terminar com 6mm, a largura da vareta de balsa que será inserida no bordo de fuga. Ainda terá o chapeamento. Depois de tudo certo, testei o encaixe na fuselagem: perfeito!


Agora estou batendo cabeça para conseguir uma baioneta com o tamanho adequado e, além disso, uma serra copo de mesma medida. Minha preferência é por uma baioneta de fibra de carbono, mas não estou encontrando tubos com diâmetro um pouco maior, e também não encontro tubos com mais de 50cm. Acredito que terei que apelar para o bom, velho e pesado alumínio. Meu Tractor 90 tem duas baionetas de alumínio que pesam quase 500g, acho um absurdo!

Me dediquei um pouco mais à cauda. Lixei todas as faces que serão coladas para deixá-las o mais niveladas possível, limpei utilizando um pano com álcool, organizei e guardei tudo com as faces que serão coladas já identificadas. Falta só chegar a cola para fazer esse chapeamento.


Curiosidade: Descobri que o Rafael Ritter, usuário das antigas aqui do e-voo, tem um canal famoso no YouTube. Assisti alguns vídeos enquanto mexia no Stik.
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Andre Mauricio
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

Trabalhei um pouco mais nas adaptações na planta. Corrigi os ailerons para que as "pontas" das cavas coincidam exatamente com o centro das nervuras.



Também ajustei as ponteiras e o comprimento das polainas. Para essas duas questões busquei "inspiração" na planta do Stik 60/90 da Flying Circus, que tem dimensões semelhantes ao original. Peguei a planta no site da fábrica, medi o tamanho da baioneta, o tamanho da asa e calculei o percentual que a baioneta "cobre" da estrutura, e apliquei o mesmo percentual no meu projeto. Ainda não tenho a baioneta definitiva, mas um tail boom do meu X5 está ajudando na construção; ele tem 20mm de diâmetro externo.



Definido o tamanho da baioneta, identifiquei o número de nervuras que precisariam ser perfuradas, e parti para as medidas. Decidi utilizar duas baionetas: uma próxima ao bordo de fuga, posicionada logo acima da longarina posicionada nessa região; e uma próxima ao bordo de ataque, para essa eu estudei dois posicionamentos, um à frente das longarinas principais e outro exatamente entre as longarinas, decidi pela segunda opção pois esta é a região mais reforçada da asa.




O furo da baioneta mais fina foi feito simplesmente com um ferro de solda e alargado com uma lixa enrolada em uma chave de fenda; já a furação da baioneta principal foi feita com uma serra copo, o acabamento dos furos foi feito com uma lixa enrolada na própria serra.



Uni todas as varetas com fita, serrei e lixei todas juntas para garantir exatamente o mesmo comprimento.



Antes da montagem definitiva, fiz um teste encaixando as peças para ter certeza de que estava tudo ok para a colagem.



Montei a estrutura básica de ambos os painéis de asa sem contratempos, não houveram torções.






Ainda faltam as ponteiras, nervuras na raiz que também servirão como fixação do bordo de ataque na fuselagem, suporte de servos, enxertos de madeira na raiz e no bordo de fuga, chapeamento... Enfim, ainda dedicarei um bom tempo à estas asas, mas a parte mais difícil do trabalho já foi, a montagem inicial sem empeno deixa o restante do trabalho mais tranquilo.

Já montei tudo mais ou menos para ter uma ideia de como está ficando.



Coloquei toda a tralha que tenho até agora na balança e está pesando 2.3kg. Acredito que o peso final seja por volta de 3kg (Chuto 3.2 kg, talvez um pouco menos).

Nosso amigo Phil disse, no artigo de divulgação do modelo, que o mesmo voa bem de 5,25lb (2,5kg) a 6,5lb (2,9 kg), sendo o peso ideal 6lb (2,7kg) com motores .56 a .60. Já o Stik 60/90 da Flying Circus tem peso indicado superior a 4kg (4.1). Acho que esse avião fica com um peso bom; não deve ter potência de sobra, mas também não desejo isso.
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por LaercioLMB »

Polaina em um modelo de 1917?
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Paulinho »

LaercioLMB escreveu:Polaina em um modelo de 1917?

E porque não???? Está tunando um antigão!!! hahahahahahaha
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

LaercioLMB escreveu:Polaina em um modelo de 1917?


Esses alemães... Inovadores, vanguarda da aviação :lol:


Tenho essa polaina impressa em 3D, pensei utilizar como molde para fabricar um novo par em fibra de vidro, também cogitei fazer com madeira. Tô analisando as possibilidades.
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

Paulinho escreveu:
LaercioLMB escreveu:Polaina em um modelo de 1917?

E porque não???? Está tunando um antigão!!! hahahahahahaha


Stikão restmod? Será? hahahaha
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

Por falar em 1917, fiz uma pesquisa breve para selecionar insígnias para a entelagem.

Como não é um avião escala, não vou me apegar muito à fidelidade histórica, e vou evitar símbolos muito marcados pelo período 1933-1945. Já utilizei o famoso totenkopf no leme de um outro Stik e hoje me arrependo, apesar de ser um símbolo utilizado desde o Império da Prússia, ficou muito marcado por ser utilizado por tropas da SS, especialmente a 3ª Divisão Totenkopf. Em aviões escala é necessário por conta da fidelidade ao real, mas nesse caso acho desnecessário adotar esses símbolos.

Algumas insígnias adotadas pela Alemanha no período entre o Império Alemão e a República de Weimar (1871-1933) me agradam bastante. Vou utilizar uma variante da Cruz Pátea adotada na Luftstreitkräfte, o "braço aéreo" do Exército Alemão entre outubro de 1916 e março de 1918. Além da cruz, gosto muito do Brasão de Armas adotado na República de Weimar a partir de 1921.



Cheguei a pesquisar alguns aviões utilizados pelo Império Alemão durante a Primeira Guerra e a Cruz utilizada realmente varia conforme o ano.

Euler D.I de 1917.


Aviatik D.VI de 1918.


No momento estou encucado com a ideia de caracterizar uma hélice de madeira como aquelas dos caças Fokker, as famosas AXIAL (AXIAL Berlin, Alemanha, 1916-1918). Está difícil encontrar hélices de madeira 12x6 ou 13x6. Se alguém tiver uma parada por aí, me manda uma mensagem que eu tenho interesse! 8)



Encontrei esse guia bem didático sobre as insígnias utilizadas pelos aviões alemães.
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por LaercioLMB »

Paulinho escreveu:
LaercioLMB escreveu:Polaina em um modelo de 1917?

E porque não???? Está tunando um antigão!!! hahahahahahaha



Kkkkkk. Atualmente tudo é válido kkkkkkkkkkkk
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

Depois de precisar recorrer à uma cola de qualidade inferior para algumas peças, finalmente chegou o novo frasco da Ultimate III. Fiz o chapeamento da empenagem, mas esperarei 48h para começar a lixar.


Construí as ponteiras de asa aliviadas, copiando o design da Flying Circus. São maleáveis e torcem com facilidade, porém, com a instalação das mãos francesas se torna uma estrutura extremamente rígida, e ao mesmo tempo leve.


Fiz o chapeamento do intradorso do bordo de fuga e inseri “enxertos” de balsa nos pontos de fixação das dobradiças. Fabriquei os “tocos” que servirão como ponto de apoio dos parafusos das asas; utilizei chapas de balsa com veios cruzados, coladas com a Titebond.



Cortei os suportes dos servos da asa em compensado e colei suas respectivas bases de fixação nas nervuras.


Após tudo colado, fiz o chapeamento do extradorso do bordo de fuga e esse é o estado da asa até o momento.


Recebi também o abastecedor, hoje devo trabalhar na instalação dele na fuselagem. Gostei da peça, muito bonita.
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