Primeiramente, é importante contextualizar esse TX na história e no mercado. A história da RadioMaster está ligada à de duas outras empresas: FrSky e Jumper.
Aqueles que são mais antigos no hobby lembrarão que no ano de 2010 estávamos passando por uma transição no hobby: a substituição da tecnologia 72 Mhz, pela tecnologia 2.4 Ghz. Os rádios 72 Mhz eram muito bons, e diversos deles serviram como base para rádios 2.4 Ghz, ou até mesmo foram “convertidos” pelas suas fabricantes para a nova frequência que estava chegando. Mas muita gente não queria (ou não podia) substituir seus rádios por novos, o que criou uma grande oportunidade de mercado.
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Futaba Skysport 72Mhz
Nesse contexto de transição, algumas empresas começaram a fabricar e comercializar sistemas de receptores e módulos de transmissão externos que poderiam ser instalados nos rádios 72 Mhz de marcas como Futaba, JR, Hitec (...) transformando-os em rádios 2.4 Ghz. A FrSky foi uma das empresas que obtiveram sucesso com o desenvolvimento e venda desses sistemas, principalmente depois da criação do módulo DHT, que podia ser instalado em rádios que vinham de fábrica sem o slot para módulo externo.
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Módulo DHT da FrSky
Além de desenvolver seus módulos, a FrSky criava receptores que trabalhavam com protocolos de comunicação de empresas renomadas; desenvolveu uma série de receptores chamada “DF” para trabalhar com rádios Futaba, e foi além, criando um receptor multiprotoclo chamado Delta 8.
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Receptor Delta-8 da FrSky
Pouco tempo depois, a partir de 2011, passamos pelo boom de rádios chineses de baixo custo, como o HK-7X e o famosíssimo Turnigy 9X (meu primeiro rádio foi um HK 4CH!). Eram rádios de construção barata e firmware ruim, mas vinham com slot para inserção de módulos externos e aceitavam diversas outras alterações. Nessa época, começaram a surgir alguns softwares de código aberto para substituir os firmwares desses rádios chineses, e o mais famoso de todos foi o OpenTX. Então a galera comprava esses rádios chineses, trocava o firmware pelo OpenTX, e instalava um módulo externo, geralmente da FrSky.
A FrSky, então, tinha a faca e o queijo na mão para dominar uma enorme parcela do mercado. Em 2013, a empresa pegou seu sistema de transmissão, o OpenTX, jogou tudo dentro de um JR9303 e voilá: Taranis X9D. E depois vieram X9D Plus, X9 Lite, QX7, X Lite, Horus (...) e a FrSky se transformou nessa gigante do hobby que a gente conhece hoje.
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Taranis x JR: Qualquer semelhança não é mera coincidência
Atualmente o mercado de drones é gigante, é o segmento mais aquecido no hobby, e as empresas brigam com unhas e dentes por esses consumidores, e a FrSky se especializou no desenvolvimento de produtos desse nicho. Porém, para atender a galera que faz long range com os drones, uma tal de Team Black Sheep colocou no mercado o módulo com nome que se mostraria irônico: Crossfire (“fogo cruzado”, ironia, talvez?), que era plug and play nos Taranis. O Team Black Sheep chegou fazendo com a FrSky exatamente o que essa fez com a Futaba. Foi a primeira grande pancada que a FrSky levou.
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Módulo TBS Crossfire
Nessa época, muitas empresas já trabalhavam com a tecnologia da FrSky, a Jumper estava nesse bolo fabricando alguns rádios simples e de baixo custo, e a FrSky não dava tanta importância para a Jumper, até que, em 2016, a Jumper juntou um módulo multiprotocolo com o enorme display colorido oriundo do Horus, e colocou no mercado o Jumper T16 Pro, que caiu como uma bomba atômica no colo da gigante chinesa. O T16 era um rádio com construção equivalente à do Taranis, com o display do Horus, trabalhava com protocolo FrSky e ainda por cima era mais barato que o próprio X9.
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Jumper T16. Além do display, haviam outras semelhanças com o Horus; um exemplo mais visível é posicionamento das chaves. Essencialmente, é um FrSky Horus X10 com uma “roupa” diferente.
Boba que não é, a FrSky deu uma bela de uma carteirada em grandes varejistas: se vocês venderem o Jumper, eu não mando mais meus produtos para vocês. Assim, a Jumper ficou fora de lojas como Banggood e DX, além de ter tomado um processo da FrSky.
Acusando o golpe, a FrSky lançou o protocolo ACCST. A partir de então, todos os novos rádios da empresa deixaram de ser compatíveis com os receptores antigos. Além disso, para receberem módulos de outras empresas, os novos rádios precisariam sofrer alterações de hardware, o que acabaria com garantia de fábrica no ato da alteração. Tentando proteger seu espaço no mercado, a empresa deu um golpe nos seus próprios consumidores, que não gostaram nem um pouco, e muita gente deixou de utilizar os equipamentos da companhia.
Nesse meio tempo a Jumper passou por uma reestruturação e, no processo, houve uma cisão na empresa. A galera que saiu da Jumper criou a Radiomaster, aprimorou o projeto do T16 e lançou o TX16S, que chegou melhor e mais barato que Jumper e Taranis. Inclusive com algumas características que superam o Horus, como a taxa de atualização da telemetria; a qualidade de sinal da Radiomaster é superior à da Jumper, bem como a qualidade de construção.
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Radiomaster e Jumper: O senso de propriedade intelectual dos chineses me fascina.
Hoje existem ainda mais opões (cópias das cópias). A já conhecida Eachine entrou na brincadeira, e ainda surgiu uma Radioking. Há também atualizações do modelo da Jumper.
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Eachine TX16S e Radioking TX18S
O TX16S, ao meu ver, se posiciona no mercado como um rádio intermediário. É um rádio para quem tem, por exemplo, um FlySky FSi6, e quer um equipamento com mais recursos. Não é um rádio para o nicho dos modelos de altíssimo valor agregado, como jatos e giants escala, essa é a área dos JETI e semelhantes. No meu caso, eu tinha um jurássico Spektrum DX6i e queria partir para um equipamento mais moderno, com mais recursos e que pudesse me acompanhar por uns bons anos antes de ficar defasado.
Escolhendo o Rádio:
Quando comecei a busca por um substituto para o DX6i, delimitei a pesquisa por marcas renomadas, como Spektrum, Futaba, Graupner e a mais nova delas, FrSky. Minha lista inicial era:
->Spektrum DX6 Black;
->Futaba T6J;
->Graupner MZ-12 Pro;
->Taranis QX7; e
->Taranis X9D Plus.
Eram rádios que, sem estuda-los a fundo, me atenderiam. A partir daí, comecei a pesquisar sobre cada um deles, considerando principalmente o que me entregavam pelo valor que custavam, o famoso custo/benefício.
->Spektrum DX6: Pude mexer em um exemplar de colega de pista, gostei muito, mas é muito caro pra mim;
->Futaba T6J: Pude mexer em um, muito bem falado como a maioria dos Futabas, mas tem um display medíocre, limitações de programação e receptores absurdamente caros (normal da Futaba);
->Taranis QX7: Mais barato que os dois anteriores, com OpenTX, um bom display, mas não entrega tantos recursos (físicos) assim;
Até então, a minha “final” era: Taranis X9D Plus x Graupner MZ-12 Pro. São dois rádios excelentes, com muitos recursos. O Taranis entra em campo com o valor mais baixo, OpenTX e uma vastíssima gama de receptores à disposição; o MZ-12 entra em campo com o suporte fornecido por uma grande marca, qualidade de construção e o seu renome, ambos são rádios muito bem recomendados; o Taranis um pouco mais popular e com mais informações disponíveis. Mas, no meio desse processo de tomada de decisão, um colega chegou falando para dar uma olhada num tal de Radiomaster, pois ele tinha um Jumper, que havia sido aprimorado e hoje estaria disponível no mercado com hardware superior como TX16.
O RadioMaster é mais barato que o Taranis e o Graupner, entrega tantos recursos quanto, vem com OpenTX, módulo multiprotocolo (podendo utilizar receptores FrSky), e um baita de um display colorido. Fui atrás de reviews e me deparei com um rádio de construção bem comentada e com recomendações surgindo feito mato em terreno baldio, a escolha ficou fácil. As características que definiram minha escolha foram:
->16 canais (expansível)
->Firmware (OpenTX)
->Possibilidade de utilizar receptores FrSky (X8R é espetacular!)
->Slot para módulo externo
->Display colorido 4.3”
->Sliders laterais
->Chaves de 3 posições (meu DX6i só tinha chaves de duas posições)
->Função de voz
->Suporte para telemetria
->Carregador interno
->Case incluso (e outros acessórios)
->Preço
Existem quatro versões do rádio: gimbals de hall sensor (TX16S HALL); gimbals de potenciômetro (TX16S); sem touch, e suporte para menos protocolos (TX16S SE); e uma versão Hall com acabamento diferenciado (TX16S MAX). Os potenciômetros de hall sensor são mais duráveis, pois não têm como princípio de funcionamento o atrito entre as peças; teoricamente, gimbals hall também são mais precisos, mas isso só seria perceptível para quem voa em altíssimo nível, demandando extrema precisão do equipamento.
Eu acabei escolhendo a versão SE. Porque era a melhor? Evidentemente que não. Encontrei por um preço imbatível, de modo que, mesmo fazendo os upgrades de módulo (para o 4-1, que talvez nem faça) e de gimbals (pelos de hall sensor, esse é um upgrade que eu quero fazer), continuaria mais barato que o que o TX16S HALL. Vendi meu DX6i com os receptores, botei pouquíssima grana a mais e já consegui pegar o SE. Felizmente (ou infelizmente para vocês HAHAHA) foi uma ocasião única, o anúncio já não existe mais e não compensa pegar o SE com o preço regular para fazer os upgrades, na ponta do lápis acaba saindo mais caro que a versão Hall.
Apesar de ter suporte para menos protocolos, o módulo ainda “binda” com receptores Futaba, Graupner, Hitec, FrSky... Mas ficam de fora alguns, como Spektrum e FlySky. As diferenças para a versão 16S então, são: módulo, touch, gimbals e alguns acabamentos externos (scroll, molduras...). Fora isso, os rádios são idênticos.
Unboxing e Primeiras Impressões:
Minha caixa chegou um pouco amassada, mas isso é comum. O conteúdo veio intacto.
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Esse é o conteúdo da caixa. O rádio com um case de espuma rígida; manual; película de vidro (igual às de celular); cablo UBS Tipo C; um jogo de molas dos gimbals; um chaveiro; e uma cartela de adesivos.
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O case é simples, mas muito bonito e também muito leve. Não é isopor, o material lembra o polietileno dos macarrões de piscina, só que mais denso.
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O acabamento do rádio me surpreendeu. Não se compara à um JETI ou Horus, de maneira alguma; mas é bem melhor que do meu DX6i.
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Entradas UBS, Micro SD etc.
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São seis chaves de 3 posições, uma de duas posições e outra chave temporária. Dois potenciômetros, seis botões de seleção, e dois sliders laterais. A qualidade das chaves e potenciômetros é razoável, não são os melhores componentes que já vi, mas são robustos e bem construídos.
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O rádio vem com um suporte para duas células 18650 de 3500mAh; além disso, a Radiomaster vende um pack pronto. O manual, apesar de bem simples, traz quais baterias podem ser usadas, e quais não são recomendadas.
Pack 2s Li-ION da Radiomaster.
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Aprovadas para uso:
2x 3.7v Li-ION 18650
2x 3.7 Li-ION 21700
2x 3.7 LI-PO
Todas montadas em packs de 7.4V
Não recomendadas:
3.6v Li-ION
2s 6.6 LiFE
LiFEP04
Eu já tinha uma Li-PO 2s 2200mAh 6C da FrSky comercializada para o X7 que serviu perfeitamente, ainda sobra espaço. A espuma da tampa segurou bem, a bateria não ficou sacudindo dentro do rádio.
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O famoso display colorido do rádio. Realmente é muito bonito, e com brilho bem alto, dá para exergar muito bem mesmo sob luz direta do Sol.
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Em comparação com a tela do iPhone XR.
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Prós e Contras:
Prós:
-> Por ser multiprotocolo, muito provavelmente você manterá todos os seus receptores. Só precisa bindar e refazer a programação no TX16. Se for a versão S, mais receptores disponíveis; se for SE, menos. Vendi meu DX6i junto com meus receptores Spektrum, e optei por utilizar somente receptores FrSky e Radiomaster (clones dos FrSky) daqui pra frente, só utilizarei um protocolo.
-> O OpenTx aceita absolutamente qualquer programação possível e imaginável; você não fica limitado àquilo que a fábrica deixou disponível no menu. Além da enorme gama de funções entregues pelo OpenTX, o rádio ainda tem muitas chaves. Pra quem voa escala, deve ser uma maravilha.
-> O enorme display colorido facilita muito na hora de programar o rádio e a visualização é excelente, mesmo debaixo de Sol. Totalmente diferente de mexer naquelas telinhas de calculadora comuns em muitos rádios (né, Futaba?).
-> Função voz parece besteira, mas é uma mão na roda. É sensacional receber alertas e até mesmo informações por voz, ao invés de bipes e apitos. O rádio emite alerta sonoro e vibratório até mesmo de trim (Trim Center).
-> Suporte para telemetria. Poder voar meus elétricos sabendo exatamente como está a bateria é revolucionário pra mim. Nada de pousar com bateria descarregada, ou ainda sobrando carga. Mais diversão e mais vida útil para as Li-Po.
-> Possibilidade de upgrades e customizações. Pode trocar tela, falantes, gimbals, molas, acabamentos, módulo... Inclusive é tudo comercializado separadamente pela própria Radiomaster. A possibilidade de tantos upgrades com tamanha facilidade, além de possibilitar a melhoria da qualidade do equipamento, também estende sua vida útil.
-> Custo/Benefício imbatível.
-> O carregador interno pode ser um pró para alguns, principalmente se utilizar baterias Li-Ion. Eu decidi utilizar Li-Po pois já tinha uma própria para TX, e carrego ela fora do rádio por motivos de segurança.
-> A versão SE vem de fábrica com o handle (alça?) dobrável. Vou pra pista somente com uma mochila e um avião, muitas vezes de Uber, e esse acessório ajuda MUITO na economia de espaço. Inclusive é mais um item que pode ser customizado.
Contras:
-> Não existe almoço grátis. O rádio é moderno e muito completo, mas o controle de qualidade deixa a desejar. O bom senso diz para testar em aviões de menor valor agregado e, não havendo problemas, passar a utilizar em aviões maiores/mais caros. Vou testar muito na minha zagi antes de confiar um avião maior nele.
-> O acabamento, apesar de bom, não é tão primoroso e robusto quanto àquele oferecido por marcas renomadas. Se você só teve contato com rádios mais simples das grandes marcas, como DX5, DX6i etc, vai perceber que o acabamento do TX16 é superior. Mas se você vem de rádios mais caros, vai sentir que o Radiomaster é inferior.
-> Não tem garantia, nem suporte. Assim como a grande maioria dos produtos comprados da China, não há suporte no Brasil. Se quebrar, você tem que se virar. É diferente de comprar um rádio de marca renomada, de uma loja nacional.
-> OpenTX pode ser um contra para algumas pessoas. Estamos acostumados a lidar com firmwares “fechados”, com menos funcionalidades e minimamente padronizados. O OpenTX tem uma outra filosofia e é bem diferente de um firmware Futaba, Spektrum, Jr. No início ele vai causar estranheza e trazer dificuldades de manuseio.
Vale à pena?
Depende.
Tá começando a voar agora? Não precisa de tantas funcionalidades?
Pega um rádio mais simples. FS-6i dá conta, e tem receptores bem baratinhos.
Tá acostumado com linhas superiores da Spektrum, Futaba, JR, Hitec, JETI? Tem dificuldades com tecnologia?
Não vem pra esse mundo, vai se frustrar.
Já voa há algum tempo e/ou precisa de um rádio com mais funções e que não custe uma fortuna? Tem vários rádios mais simples, receptores de várias marcas diferentes, e quer passar a usar só um rádio sem precisar trocar todos os seus receptores? Voa drone e quer um rádio bacana pra botar um Crossfire e fazer long range?
Esse rádio é perfeito para você.
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Estou fazendo os primeiros testes com um receptor Radiomaster R86 em uma zagi. Até o momento, nenhum problema. Depois vou passar para o X8R no meu Tractor 90. Em breve atualizarei esse tópico com tutoriais de navegação nos menus e configuração de modelos.
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